O craque Raí, campeão do mundo de futebol em 1994 pela seleção brasileira de futebol, campeão mundial de clubes pelo São Paulo Futebol Clube(SPFC) em 1992 e atualmente dirigente do departamento de futebol no tricolor paulista, para defender os atletas e funcionários do clube, acertadamente, criticou o maior criminoso do país, o presidente empossado de maneira fraudulenta, Jair Bolsonaro.
A declaração até certo ponto, moderada de Raí, em meio a comentários sobre a pandemia e o futebol, foi a seguinte: “Se perder a governabilidade, eu torço e espero uma renúncia para evitar o processo de impeachment, que sempre é traumático. Porque o foco tem que ser a pandemia. (O impeachment) não é uma coisa que tem de se pensar agora, energia nenhuma pode ser gasta nisso, mas se estiver prejudicando ainda mais essa crise gigantesca de saúde, sanitária, tem que ser considerado”.
A partir de tal declaração, Raí começou a ser ainda mais bombardeado por conselheiros do clube, impulsionado pelas declarações do almofadinha, apolítico, playboy, engomadinho, coxinha, pipoqueiro, tira pé de dividida, filhinho de papai (Dorival Decoussau, pai do comentarista e conselheiro de SPFC), artilheiro dos 50 gols, Caio Ribeiro da Rede Globo de Televisão, que disse serem absurdas as declarações de Raí, enquanto dirigente de futebol contra o Fascista Jair Bolsonaro.
A posição de Caio Ribeiro gerou muitas críticas a ele, desde as redes sociais passando por jornalistas e comentaristas da própria emissora, como Casagrande e de outros veículos, como a crítica irônica de Vitor Guedes, no blog de Juca Kfoury: “Como sou jornalista esportivo, detesto polêmica e aprendi na escolinha Caio Ribeiro que pedreiro só fala de cimento, padeiro, de farinha e covarde, do que não contesta o poder, deixemos que os idiotas completos falem de terra plana, de rock satânico-abortista, de criacionismo, de mamadeira de piroca, de kit gay, de arte nacionalista, de AI-5… Assistamos calados e coniventes a destruição completa do país pela esgotosfera acéfala e falemos só de futebol!”
Os conselheiros são-paulinos pedem a cabeça de Raí, não pela sua performance a frente do departamento de futebol, mas por ter se negado a ser mais um bovino ou garrote (tal qual Caio Ribeiro), no lamaçal do gado bolsonarista. Mostrando o atraso político dessa cúpula administrativa de um dos maiores clubes do mundo, que muito provavelmente tem interesse na volta do futebol em meio a pandemia para satisfazer a vários desejos econômicos incrustados no meio dessa camarilha política do futebol.