No dia 8 de março serão realizados atos no mundo todo, em comemoração ao dia da mulher. Ele pode ser descrito como um dia de homenagem, mas também é um dia de luta e de relembrar e aprender sobre a luta das mulheres e como ela está conectada à luta de classes.
Os ataques às mulheres lançados desde o golpe estão se intensificando à medida que a crise do regime aumenta. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que 3.200 casos de assassinatos de mulheres foram registrados entre 2016 e 2018, e cerca de 3.000 não foram notificados. Já em 2019, embora o estudo não esteja completo, até agosto já haviam sido registrados 2.357 casos.
Além disso, existem os ataques diretos do governo, como a declaração de Bolsonaro que é abertamente contra o aborto e disse que “se um dia o Parlamento aprovar, eu acho difícil, mas a gente veta”. Isso junto com os grupos de extrema direita que surgem por aí para violentar as mulheres de todas as formas, como o caso do grupo antiaborto “40 dias pela vida”, financiado pelos Estados Unidos, que fica em frente a hospitais que realizam o aborto legalmente coagindo mulheres que foram estupradas a não realizarem o aborto por meio de fotos e miniaturas de fetos abortados.
Esses ataques são direcionados também à população trabalhadora, a qual inclui mulheres, considerando que estamos com mais de 50% da força de trabalho do país sem emprego ou trabalhando informalmente e em péssimas condições. Outro caso grave é a reforma da Previdência, a qual já foi aprovada em nível federal, e está pouco a pouco sendo aprovada em nível estadual, o que, entre outros fatores, aumenta a idade mínima para a aposentadoria, o que ainda pior para a mulher, que geralmente realiza a dupla jornada de trabalho, trabalhando dentro e fora de casa. Tudo isso sem contar o salário mínimo que é insuficiente para atender as necessidades da população e a repressão cada vez mais crescente por parte da polícia.
Por esses motivos é preciso chamar o povo para ir às ruas e participar dos atos do dia 8 de março, e realizar uma grande mobilização nacional com a palavra de ordem central “Fora Bolsonaro!”. É preciso derrubar esse governo fascista nas ruas e por meio das massas, e não por meio das instituições burguesas ou do “voto em 2022”.