Como já denunciamos aqui, diante do aumento das queimadas em todo país, a campanha dos golpistas agora é aparentar preocupação ambiental.
O “defensor da Amazônia” da vez agora é o tucano Reinaldo Azambuja (governador do Mato Grosso do Sul) que publicou no último dia 12, no diário oficial do Estado, um decreto que impõe situação de emergência em todo o estado por conta das queimadas que atingem principalmente a região do Pantanal. Nove cidades (Aquidauana, Anastácio, Dois Irmãos do Buriti, Corumbá, Ladário, Bonito, Miranda, Porto Murtinho e Bodoquena) foram incluídas na decisão.
O decreto determina: 180 dias de situação de emergência, autoriza a mobilização de todos os órgãos da estrutura administrativa do estado, sob a coordenação da Cedec/MS (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil), nas ações de resposta ao desastre, reabilitação e reconstrução do cenário afetado pelas queimadas. Também fica autorizado a convocação de voluntários para reforçar estas ações e para a realização de campanhas de arrecadação de recursos para a comunidade.
Neste ano, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) informou que o estado do Mato Grosso do Sul teve 6.328 focos de queimadas em áreas de vegetação. No ano passado, o estado registrou 1.756 focos no mesmo período.
Segundo o programa PrevFogo, do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a estimativa é que mais de 1 milhão de hectares foram atingidos por queimadas nos últimos 40 dias. Nesse período, foram registrados 3.304, sendo a maioria no Pantanal, entre os municípios de Corumbá, Porto Murtinho e na Serra da Bodoquena. Nas últimas 48 horas, foram 397 focos nesta região.
Assim como toda a direita, o governador diz que o mês de setembro está crítico devido a “prolongada estiagem, a baixa umidade do ar”. A fala do governador, de culpar o “clima” pela catástrofe que está acontecendo, deixa claro sua posição. Já sabemos que essa destruição dos nossos recursos naturais está acontecendo graças ao incentivo que essa corja deu para os latifundiários, grileiros de terras, madeireiros e mineradoras. Foram várias medidas institucionais e outras informais que deram carta branca para os latifundiários e grileiros de terra atuarem da forma que quiserem, seja com incêndios, desmatamento ou violência contra a população.
É preciso denunciar e derrubar todos esses golpistas que se dizem preocupados com a Floresta Amazônica, mas são os verdadeiros responsáveis por esse caos que vivemos hoje. A Amazônia e todos nossos recursos naturais, devem ser protegidos pelo povo explorado e toda classe trabalhadora.
Sendo assim, a única saída é a mobilização popular contra todos os golpistas. Fora Reinaldo Azambuja! Fora Bolsonaro e todos os golpistas!