Emmanuel Macron, presidente da França e atual “defensor” da Amazônia, da democracia e do meio ambiente, pasmem, quer empurrar à classe trabalhadora de seu país uma Reforma da Previdência igualmente desnecessária e injusta igual a brasileira. Em resposta, os trabalhadores parisienses articularam simplesmente a maior greve dos últimos doze anos, nesta última sexta-feira (13), contra a medida impopular do governo francês.
Das 16 linhas de metrô de Paris, pelo menos dez estavam paralisadas pela greve os ônibus circulavam com a frota reduzida, dando forma ao primeiro grande protesto sindical contra a reforma das aposentadorias dos franceses. Com o acesso reduzido aos transportes públicos, grande parte da população parisiense resolveu trabalhar em casa, ou utilizar alternativas como patinetes e bicicletas.
Defendida desde sua campanha, a Reforma da Previdência que Macron quer implantar acaba com as especificidades das aposentadorias, eliminando cerca de 43 pontos importantes para transformá-los numa aposentadoria universal. Em outras palavras, a partir da aprovação dessa reforma, os funcionários do metrô de Paris e de outras atividades consideradas perigosas ou insalubres perderão os benefícios dos regimes especiais de trabalho, que dão o direito de se aposentarem antes devido às condições de trabalho insalubres.
O secretário-geral da CGT, uma das principais centrais sindicais da França, declarou que “Não é uma greve de privilegiados, esta é uma greve de trabalhadores que afirmam ‘queremos nos aposentar com uma idade razoável e em condições razoáveis”. Esta é a maior greve dos transportes desde 2007, quando o ex-presidente Sarkozy quis aplicar uma reforma da previdência que estendia a idade de aposentadoria dos funcionários públicos.
As reformas que o capitalismo apresentam, infelizmente, não são de modo algum benéficas à classe trabalhadora. Tanto Macron com seu ar imperialista envernizado de democrático, quanto Bolsonaro que consegue dar um significado genuíno às palavras incompetência, puxa-saquismo e fascismo, querem empurrar as classes trabalhadoras de seus países para o serviço laboral eterno, onde a população pobre continuará pobre e ganhando pouco e a burguesia sanguessuga ficará cada vez mais ricas e com os bolsos cheios de dinheiro.