O Partido da Causa Operária organiza há quase duas décadas uma festa de Réveillon. Uma festa que pretende unir a militância, os simpatizantes, amigos e familiares em torno de uma atividade que seja uma alternativa às pressões ultraconservadoras que aumentam no final de ano. É uma confraternização de todos aqueles que lutaram juntos no ano que passou e que serão os companheiros de luta no ano que está começando.
Embora seja uma festa de esquerda, o Réveillon Vermelho do PCO está muito longe de ser uma festa “esquerdista” no sentido comum do termo. Na realidade, é uma festa que remete às antigas confraternizações que os grandes partidos operários organizavam em suas fileiras. Uma atividade para os militantes revolucionários e os trabalhadores em geral com tudo o que eles merecem.
A polarização não tira férias. Nas festas de fim de ano as famílias expressam todo seu embasamento no senso comum, reproduzindo a ideologia da burguesia e a campanha cerrada contra a organização dos trabalhadores. A festa do Réveillon Vermelho é uma oportunidade única para passar o ano na companhia dos militantes e simpatizantes da luta contra os golpistas e a direita e assim escapar de ter que fingir que está tudo bem em uma festa com os parentes reacionários.
É hora de celebrar um ano de mobilizações e embates, para se preparar diante de um novo período político que se aproxima. Neste 2019, muitos direitos do povo brasileiro foram retirados, o governo golpista e o fascista Jair Bolsonaro impulsionam por todo país a extrema-direita e o ataque à população pobre. Contudo, em um ano como este garantimos a soltura do ex-presidente Lula, uma vitória parcial que possibilitou tirá-lo da cadeia. E agora, nesse segundo semestre, o PCO pôde realizar a segunda edição da Conferência Nacional Aberta dos Comitês de Luta, reunindo vários setores da esquerda sob uma política de mobilização pelo Fora Bolsonaro, um importante avanço para a organização dos trabalhadores.
Sendo assim, neste cenário de grandes lutas sociais, a realização de uma festa para juntar, em um só local, companheiros de todo país que contribuíram para os fundamentais avanços que conseguimos nesse ano é imprescindível, uma vez que a festa de Réveillon não é apenas comes e bebes, mas sim parte da luta política. Tradicional dos partidos operários do século XX, atividades como essas são importantes para levantar o moral dos trabalhadores, organizando uma confraternização a altura da sua função social. Se os trabalhadores tudo produzem, a eles tudo pertence.
Além disso, possibilitam a união, fortalecimento de laços de pessoas de todas as regiões, demonstrando que não estamos isolados, aumentando assim nossa própria organização política.
Para os trabalhadores, tais atividades são privadas pela condição esmagada em que vivem, porém, neste caso, a festa de Réveillon organizada por um partido operário demonstra que de forma organizada, coletiva, os trabalhadores se fortalecem, e conquistam aquilo que é seu por direito.
Atrações
Esse ano Esse ano o Réveillon do PCO terá uma atração especial, a apresentação da Cantata Santa María de Iquique, composta pelo chileno Luis Advis e reconhecida principalmente pelas interpretações do Quilapayun. A música relembra a matança na Escola Santa María, em 21 de dezembro de 1907 na cidade de Iquique, no Chile, quando milhares de trabalhadores mineiros foram mortos em uma ação comandada pelo general Roberto Silva Renard, durante o governo de Pedro Montt. Uma peça de grande qualidade musical, relembrando a luta dos trabalhadores, e muito difícil de ser vista ao vivo.
Garanta seu lugar
Para participar da festa, os interessados já podem se inscrever preenchendo um formulário na Internet. Basta preencher e enviar. Iniciativa do Partido da Causa Operária (PCO), o Réveillon Vermelho se insere na tradição comunista, uma vez que a passagem do ano com uma festa de gala é tradicional no movimento operário. Os grandes partidos operários no início do Século XX comemoravam a passagem de ano, o PCO mantém esta tradição.
É uma oportunidade imperdível para os que lutaram neste ano, participaram dos atos nacionais e tem vários motivos para comemorar o avanço da luta dos trabalhadores, que levaram a soltura de Lula e ao enfraquecimento do governo Bolsonaro.