Falta pouco para mais um 7 de setembro e, portanto, para atos políticos da direita para fazer demagogia com os símbolos nacionais, de um lado, e o Grito dos Excluídos, que reúne diversas organizações de luta do povo brasileiro, de outro.
Lembrando o ex-presidente Fernando Collor, o golpista Jair Bolsonaro pediu aos seus apoiadores para irem aos atos de verde e amarelo: “Eu lembro lá atrás que um presidente disse isso e se deu mal. Mas não é o nosso caso”. Quando Collor pediu algo parecido, como se sabe, as ruas foram tomadas por gente vestindo preto. A UNE, agora, tenta repetir esta operação.
Após terem recuado sobre a posição de ir com as cores verde e amarela para os atos do dia 7, agora a organização estudantil quer ir de preto. Todas as cores, menos o vermelho, que desde o século XVIII, representa a luta dos excluídos e explorados do mundo todo.
Trata-se de uma política capituladora, que segue a tentativa do PCdoB (que controla a UNE) de realizar alianças com setores da direita. Por isso, neste dia 7 de setembro, a esquerda deve ir aos tradicionais protestos do Grito dos Excluídos levando sua cor vermelha e suas palavras de ordem contra o governo.
O bolsonarismo só poderá ser combatido se houver uma oposição de fato contra o governo. Nada de medidas conciliatórias. Apenas um enfrentamento real poderá ser vitorioso. E este enfrentamento passa, necessariamente, pelo uso das cores de luta dos trabalhadores, que os fascistas tanto odeiam, quanto pelo Fora Bolsonaro e a luta pela liberdade de Lula.