Da redação – Na manhã desta quinta-feira (19), os servidores públicos do Estado do Ceará realizaram uma manifestação na Assembleia Legislativa, em Fortaleza, contra a votação da reforma da previdência estadual e foram brutalmente reprimidos pela Polícia Militar, a mando do governador Camilo Santana (da ala direita do PT).
No ato, encabeçado principalmente pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), estavam presentes servidores de diversas categorias, bem como militantes de movimentos sociais.
A repressão da PM assassina ocorreu no momento em que os manifestantes foram impedidos pela força brutal de entrarem naquela que é mal chamada de a casa do povo. O Batalhão de Choque montou barricadas e utilizou spray de pimenta e balas de borracha para atacar os funcionários públicos, em uma mini operação de guerra.
A reforma da previdência do Ceará é uma proposta do próprio governo de “esquerda” liderado por Camilo Santana, cuja base burocrática é formada por políticos ligados a Ciro Gomes e à oligarquia cearense, com interesses diferentes aos dos trabalhadores que constituem a base social do PT.
Essa reforma é nos moldes da reforma previdenciária do governo federal ilegítimo e golpista do fascista Jair Bolsonaro. Segundo a proposta do governo cearense, a idade mínima para a aposentadoria aumentaria de 60 para 65 anos para os homens e de 55 para 62 anos para as mulheres, reduzindo também o valor da pensão por morte e taxando as aposentadorias e pensões acima de dois salários mínimos. Isso constitui duríssimos ataques contra os trabalhadores cearenses.