As manifestações da população chilena contra o governo do direitista Sebastián Piñera ganham novos rumos. Com medo da fúria popular contra suas medidas neoliberais, Piñera anunciou que colocará em prática uma série de medidas que visam coibir os saques, vandalismos e barricadas, que têm sido palco dos protestos contra seu governo. Ele também ameaçou os manifestantes com aumento das penas para quem for preso nesses atos. Essa atitude mostra como Sebastián Piñera está com medo das mobilizações populares.
Piñera deu uma declaração direto do palácio de La Moneda, afirmando que irá enviar ao Congresso um pacote de medidas para “fortalecer a ordem pública”, afinal, o Chile estaria enfrentando “dias de muita violência, destruição, vandalismo, enfrentamentos, criminalidade, provocados, em sua grande maioria, por grupos criminosos organizados”. Todas essas ações que Piñera considera “vandalismo e criminalidade” são apenas reflexo de seus ataques contra a população, que está saturada desse neoliberalismo levado às últimas consequências no país.
Na tentativa de conter os protestos a partir do medo, Piñera ameaça os manifestantes com aumento das punições, mais ainda se os manifestantes estiverem mascarados. Essa é uma clara censura e violência contra o direito livre de se manifestar. O presidente do Chile, capacho do imperialismo estadunidense, anunciou que irá convocar o Conselho de Segurança Nacional (Cosena), formado pelo presidente do Senado, Câmara dos Deputados e da Corte Suprema, além de representantes das Forças Armadas e da polícia chilena. Fica claro que o governo de direita não recua no Chile, mostrando a natureza do embate entre os trabalhadores e o imperialismo que deve ocorrer em todo o continente daqui pra frente.
Piñera ainda ousou afirmar que “uma das principais responsabilidades do Estado é resguardar a ordem pública e a segurança da população”, mas ele próprio coloca sua população em risco todos os dias quando coloca em prática seu pacote de medidas que coloca nas costas do trabalhadores a conta que sustenta a burguesia. O imperialismo não irá ceder, e a tendência é a repressão aumentar. Por isso, a população chilena não deve ter medo da ofensiva de Piñera, mas, sim, fortalecer as mobilizações e ir às ruas com toda a força e responder o governo chileno na mesma moeda. Só a mobilização popular pode derrubar os governos direitistas da América Latina.