As grandes mobilizações populares que ocorrem em vários países da América Latina e do Caribe não são acontecimentos isolados, que dizem respeito a cada um dos países individualmente, mas é uma resposta popular às condições de miséria que o imperialismo e os respectivos governos capachos vêm impondo aos povos da região.
Se isso acontece no Haiti, Colômbia, Equador, Bolívia, Chile… imagina no Brasil. O golpe de Estado de 2016 teve e tem o claro propósito de impor ao povo brasileiro a conta da crise capitalista, ou seja, aumentar a exploração do povo e o roubo das riquezas do País, na tentativa de minimizar a crise deles, portanto colocou os explorados brasileiros na mesma situação dos seus irmãos da região. É por isso que a “bomba” também vai estourar no Brasil!
Em nome dessa política o imperialismo mata e rouba. Em nome dessa política o governo serviçal do fascista Bolsonaro impõe mais e mais repressão contra o povo brasileiro na tentativa de evitar a explosão social. A política sistemática de assassinato e terror por parte da PM seja nas cidades ou no campo, chacinas como a de Paraisópolis, assassinatos como o dos indígenas no Maranhão, como o das crianças nas periferias do Rio de janeiro, mas, também, os espancamentos, o clima de terror, tudo diz respeito a uma política de intimidação do povo explorado.
É por isso que falar em democracia no Brasil é no mínimo um profundo desconhecimento dessa condição básica a que o povo brasileiro está submetido historicamente. Nunca existiu democracia no Brasil. No máximo, em alguns períodos excepcionais, como foi o estabelecido diante da queda da última ditadura militar e que encerrou-se com o golpe de 2016, o regime burguês brasileiro se apoiou num arremedo de democracia que, logicamente, sempre passou muito longe do povo.
O Brasil vai explodir e a burguesia sabe disso. É por isso que tem se intensificado mais ainda a política de terror contra o povo. Mas o que fazer diante disso? O que está ao alcance dos movimentos de luta contra o golpe para se preparar para os grandes acontecimentos que com certeza virão? Como preparar o povo explorado e os setores mais conscientes da militância para uma condição que fatalmente ocorrerá no Brasil?
Toda essa discussão será um dos principais temas a ser debatido na 2ª Conferência Nacional de Luta Contra o Golpe que ocorrerá em São Paulo nos dias 14 e 15 próximos. Organizar o movimento da rebelião popular, poderia muito bem ser o tema da Conferência. A luta pelo Fora Bolsonaro, governo odiado pelo povo, a defesa incondicional da anulação de todos os processos contra Lula, eleições gerais com Lula candidato, a luta por uma assembleia constituinte do povo, a luta por um governo dos trabalhadores, quer dizer, a discussão de um conjunto de palavras de ordem que coloque como questão central a luta pelo poder por parte dos explorados.
Esse é o objetivo da Conferência. Mobilizar o povo para derrotar o golpe com os métodos da luta de classes e com isso abrir uma nova perspectiva para os explorados do País.
Venha! Participe você, também. Convide seu companheiro, sua companheira de luta para se somar nesse movimento. Inscreva-se no endereço: https://www.alutacontraogolpe.com/