Na semana passada, um segurança, armado, da rede de mercados Extra, no Rio de Janeiro, matou um rapaz, Pedro Gonzaga, com um mata-leão, chave de braço que sufoca a pessoa em questão de segundos.
Depois, nas redes sociais, foi descoberto que o segurança era bolsonarista, adepto das ideias de Jair Bolsonaro. Em um post ele, o segurança, dizia “sou amapaense e sou Bolsonaro”. O segurança, depois de filmado enforcando e matando o rapaz, foi indiciado por homicídio culposo, quando não existe intenção de matar. A lei pode ter vários sentidos, a depender de quem é a vítima, se for negro e pobre, aí não se aplica quase nada.
Mais esse morto está na conta de Bolsonaro. É de Jair Bolsonaro a ideia de que toda a população pobre e negra precisa ser tratada com o máximo de brutalidade possível. Ele é quem defende a ampliação e o reforço de todo aparato de repressão, o endurecimento das penas, etc.
Este foi mais um caso de brutalidade do sistema de segurança como um todo. Afinal, esses seguranças particulares, armados, são uma espécie de Polícia Militar, fazem praticamente todas as barbaridades que um policial faz.
A vigilância privada é uma das principais armas do regime contra o povo, faz parte da rede de repressão e constitui um exército que pode ser acionado em caso de necessidade. Podem facilmente se constituir em milícias da direita e se somar em atividades policiais de extermínio, como já foi registrado no País.
O que se coloca em debate é o direito de autodefesa da população pobre, negra e trabalhadora, que é obrigada a assistir esses casos macabros de violência sem poder fazer nada a respeito. Autodefesa significa poder se defender à altura diante dos ataques das forças de repressão ou da extrema direita.
Por outro lado, como os seguranças privados são estagiários da PM, é preciso lutar pela dissolução dessa organização que é quem incentiva e instiga as ações brutais dos vigilantes, das guardas civis, etc.