Em menos de dois meses, o governo Bolsonaro acumula escândalos de corrupção envolvendo ministros, seus filhos, sua esposa e o próprio presidente. Desde a semana passada, o ministro Gustavo Bebianno tem protagonizado o caso da vez. Inicialmente, ele foi responsabilizado por candidaturas “laranja” do PSL, partido que presidiu. Porém, a situação piorou quando Bolsonaro decidiu isolá-lo e um dos seus filhos chamou Bebianno de mentiroso publicamente.
Durante o período eleitoral, Bebianno era o presidente do PSL, partido que foi usado por Bolsonaro para participar da fraude eleitoral. Logo, Bebianno foi uma peça chave na complexa engrenagem da campanha suja e obscura feita por Bolsonaro.
A demissão do ministro é dada como certa e sua substituição será por mais um militar. Até agora, são 8 generais ministros, entre 22 pastas. Nesta segunda-feira(18), o vice-presidente, General Hamilton Mourão, deu declarações públicas quando perguntado sobre o caso. “Bebianno acho que vai ser exonerado aí pelo presidente”. Depois de mais algumas perguntas ele concluiu. “De hoje não passa”.
No início da noite de segunda-feira (18), o porta-voz do governo, General Otávio do Rego Barros, anunciou a exoneração de Bebianno e a nomeação do General Floriano Peixoto para seu cargo. Isso vai aumentar ainda mais a participação das forças armadas no governo que é fruto de uma flagrante fraude eleitoral.
Essa é a intervenção militar. Como já havia avisado Mourão, a intervenção se daria por “aproximações sucessivas”. Esse é o governo militar de volta. Novamente, estão aí para esmagar os trabalhadores, suas instituições, seus salários, direitos e condições de vida, em proveito dos capitalistas e do imperialismo.