Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) à MDA identificou que a popularidade de Bolsonaro despencou ao longo de seu primeiro semestre de governo.
Em relação à primeira pesquisa, realizada em fevereiro, o percentual de pessoas que desaprovam o “desempenho pessoal” do presidente subiu, de 28% para quase 54%. Os que reprovaram o “governo” também aumentaram, de 19% para quase 40%.
Tendência semelhante já havia sido apontada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em pesquisa encomendada para o Ibope. Bolsonaro havia subido de 27% para 32% na classificação “ruim ou péssimo”.
Para quem acredita que os números não dizem nada, o importante é observar que ambas pesquisas mostram que o apoio social a Bolsonaro está despencando, e tudo isso aconteceu apenas nos primeiros meses do mandato. Se por um lado, as pesquisas foram encomendadas por entidades patronais, em boa parte apoiadoras do Governo, por outro, elas também têm interesse em medir o termômetro da situação.
É possível que os números sejam ainda piores, a depender da metodologia adotada, já que por padrão, as instituições burguesas evitam apresentar dados alarmantes demais sobre seus governos.
De qualquer maneira, o momento é propício e urgente para exigirmos a saída de Bolsonaro e todos os golpistas, antes que um arranjo institucional se configure “por dentro da ordem”, organizado pela direita, seja através de um fechamento do regime, seja numa substituição pró-forma por um vice igualmente entreguista e autoritário.