Perseguição política

Militante do PCO no RJ é perseguido por comissão de ética em sindicato

Militante do PCO do Rio de Janeiro tem sofrido perseguição por parte da direção do SINDSCOPE, o sindicato dos servidores do Pedro II, por defender o Fora Bolsonaro e o Lula Livre.

Todo o povo brasileiro tem visto a política da extrema-direita: uma campanha de perseguição à esquerda e aos movimentos populares. No entanto, infelizmente não é só a direita quem pratica este tipo de perseguição política. Há setores da esquerda pequeno-burguesa que procuram utilizar estes mesmos métodos da direita.

Recentemente, um companheiro do Partido da Causa Operária tem sofrido na pele esta perseguição em seu próprio sindicato. O militante do PCO tem levado adiante em seu sindicato, o SINDSCOPE (Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II), a política do Partido: a luta em torno das palavras de ordem “Fora Bolsonaro” e a liberdade para Lula.

Antes de entrar nos detalhes deste caso, é fundamental destacar que o SINDSCOPE, que fazia parte do CSP-Conlutas, rompeu com esta “central” no final do ano passado. No entanto, a direção do SINDSCOPE é composta basicamente por militantes do PSTU e do PSOL.  Curiosamente, era o PSTU quem puxava há pouquíssimo tempo atrás o glorioso “Fora Todos”. Embora este partido pregue também o “Fora Maduro”, em total sintonia com o imperialismo, eles se recusam a   aderir ao “Fora Bolsonaro”.

A esquerda pequeno-burguesa, que se recusa a aderir a estas reivindicações, busca arrumar mil e uma justificativas para as suas capitulações. Como não conseguem sustentar um debate político sério, são muitas as manobras para atacar o PCO.

Após atuar em diversas assembleias do SINDSCOPE em torno destas palavras de ordem, finalmente aprovou-se, por ampla maioria, a adoção da palavra de ordem “Fora Bolsonaro e Mourão! Contra as políticas do governo! Greve Geral para derrotar o governo nas ruas!”. Embora alguns penduricalhos tenham sido adicionados, o fato é que foi deliberado em assembleia pelo sindicato a adesão ao “Fora Bolsonaro”.

No entanto, a aprovação do “Fora Bolsonaro” pelo SINDSCOPE não aconteceu sem traumas. O companheiro do PCO propôs que o sindicato colocasse em votação o “Fora Bolsonaro” no começo de uma assembleia, o que foi aceito. No entanto, em uma manobra manjada, os dirigentes sindicais esperaram a assembleia se esvaziar, para tentar retirar a votação do “Fora Bolsonaro” no final.

Para reagir contra este golpe baixo, o companheiro interveio energicamente. Em meio a um debate acalorado, já ao final da assembleia, o militante do Partido se retirou abruptamente, em parte por conta do nervosismo, em parte para denunciar a fraude destes sindicalistas.

No entanto, qual foi a surpresa do companheiro quando o mesmo recebeu, alguns dias após esta assembleia, um e-mail comunicando-o que ele estava em uma Comissão de Ética, por conta de uma conduta supostamente inapropriada. Inacreditavelmente, pasmem, a justificativa para a abertura dessa comissão é a de que o companheiro interrompeu a fala de outro camarada do sindicato!

Não ocorreu nenhum conflito físico entre os companheiros; nem mesmo xingamentos foram proferidos. Quer dizer, apenas abriu-se uma comissão de ética por que os companheiros simplesmente discutiram! Como podemos ver, trata-se de um caso explícito de perseguição política, uma vez que, como qualquer um pode imaginar, até mesmo em discussões em um convento, vemos atritos de maior envergadura.

Se o caso se encerrasse por aqui já seria um escândalo. No entanto,  a história ainda tem mais desdobramentos. Mesmo após ter sido aprovada a palavra de ordem “Fora Bolsonaro” em assembleia, os dirigentes do SINDSCOPE se recusaram a divulgar qualquer material de propaganda do sindicato que contivesse a palavra de ordem. Revoltado com este descumprimento de uma deliberação coletiva, tirada em assembleia, o companheiro do PCO resolveu fazer uma edição caseira, adicionando o “Fora Bolsonaro” por conta própria em um material de propaganda do sindicato e postou a imagem modificada em um grupo do sindicato na internet.

É interessante notar o quanto esta política da esquerda pequeno-burguesa se assemelha ao bolsonarismo. Temos visto Bolsonaro ignorar solenemente as decisões populares em universidades, onde o governo federal atropela a vontade da comunidade universitária, impondo aliados escolhidos à dedo para assumir cargos de reitor. Da mesma forma, a direção do SINDSCOPE vergonhosamente tem ignorado a deliberação da categoria pelo “Fora Bolsonaro”. Além disso, também é uma característica dos bolsonaristas a tentativa de calar a força seus adversários políticos, assim como esta direção sindical tem feito.

É preciso que a esquerda se mobilize para impor o “Fora Bolsonaro” e a “Liberdade para Lula”, atropelando assim a esquerda pequeno-burguesa, que tenta utilizar os métodos da direita, embora de forma muito precária, quando comparada aos verdadeiros praticantes desta política.

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