Da redação – Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, defendeu a censura a uma reportagem da Crusoé (Antagonista), que o relacionava a um esquema de corrupção com a Odebrecht.
Segundo ele, “se você publica uma matéria chamando alguém de criminoso, acusando alguém de ter participado de um esquema, e isso é uma inverdade, tem que ser tirado do ar”. Fica claro então que a burguesia quer aprofundar a censura no país.
Do ponto de vista da classe operária, uma “inverdade”, “injúria” ou algo do tipo, para que o direito de liberdade de expressão seja respeitado, precisa ser combatido com uma campanha no sentido contrário, e não com a censura.
A direita está começando com setores da direita, mas fica claro, com a Escola com Fascismo, por exemplo, que os alvos principais são os partidos de esquerda e as organizações operárias – sua imprensa e outros meios de comunicação.
A censura foi realizada por parte de um outro ministro do STF, Alexandre de Moraes, com base em um inquérito aberto por Toffoli em meados de março para apurar “notícias falsas” contra o tribunal supremo.
Com isso, fica proibido as denúncias, as críticas e os ataques ao judiciário golpista. Também, como foi visto no caso de Danilo Gentili, qualquer tipo de ação contra alguma personalidade do regime burguês pode levar à condenação. A direita está abrindo caminho para estabelecer no Brasil a censura ao estilo da Ditadura Militar.