A posição da mulher trabalhadora na sociedade de classe é praticamente um paradoxo, ao mesmo tempo em que as mulheres são maioria nas universidades, possuem menos chances de conseguir um emprego. Esse é o diagnóstico do relatório Education at Glance 2019 divulgado nesta terça-feira (10), onde dados mostram que as mulheres brasileiras possuem 34% mais chances de se formar nas universidades em comparação com os homens, contudo, têm menos chances de se dar bem no mercado de trabalho.
O relatório ainda afirma que: “Embora a disparidade de gênero na educação favoreça as mulheres, a situação no mercado de trabalho é ao revés”, destacando que a taxa de mulheres que permanecem nas universidades e se formam é uma das maiores entre os 36 países estudados pelo Education at Glance 2019.
Somente 18% dos homens brasileiros entre 25 a 34 anos chegaram a se graduar numa universidade, entre as mulheres, essa porcentagem sobe para 25% na mesma faixa etária. O relatório também aponta para a discrepância no número de mulheres formadas e mulheres no mercado de trabalho. A empregabilidade das mulheres trabalhadoras brasileiras entre 25 e 34 anos com ensino superior é de 82%, caindo para 63% entre as mulheres com ensino técnico no currículo e 45% para mulheres sem a capacitação técnica.
O papel das mulheres no sistema capitalista é de ser mais explorada. Apesar de nesses casos estarem mais qualificadas e não serem aceitas no mercado e em cargos superiores, fazem parte da parcela da população que é mais explorada dentro do sistema capitalista.