Um dia antes ao ataque fascista à embaixada da Venezuela em Brasília, perpetrado por invasores a serviço da “oposição” golpista, o presidente Nicolás Maduro anunciou ao país a distribuição de mais de 320 mil fuzis à população, como parte do plano de fortalecer as patrulhas nas ruas. “Temos 321.433 rifles que estão sendo distribuídos pelas rotas seguras das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas para nossos milicianos” (Diário Contraste, 13/11).
A decisão é no sentido de que as Unidades Populares de Defesa Integral composta por milicianos chavistas estejam nas ruas no período de 14 a 31 de dezembro . A implantação do armamento da milícia popular se inicia dois dias antes da chamada da “oposição” venezuelana para uma mobilização internacional, onde os fascistas estão organizando atos internacionais em alguns países para atacar o regime bolivariano.
Maduro determinou ao Ministro da Defesa , Vladimir Padrino López, que fizesse uma reforma abrangente da Lei Orgânica da FANB (Força Armada Nacional Bolivariana).
“A intenção do regime é apresentar à Assembléia Nacional constituinte a Lei para elevar o nível de milicianos a constitucional” (Diário Contraste, 13/11).
A extrema direita fascistóide venezuelana vem fazendo sucessivas tentativas no sentido de desestabilizar e derrubar o regime chavista-bolivariano, sempre apoiada pelo imperialismo ianque e pelos governos reacionários do continente (Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, etc). Neste momento, mais um intento golpista está sendo tramado pelo imperialismo e a direita latino-americana para derrubar o governo eleito pelo voto popular.
Os planos golpistas dos inimigos da revolução bolivariana vêm sendo frustrados pela ação determinada do povo venezuelano, que está de armas em punho para a defesa da revolução e das conquistas populares sob o regime chavista. A auto-defesa da população, através do armamento das massas populares, vem se colocando como o único meio através do qual o regime se mantém diante de todas as maiores ameaças da direita golpista reacionária.
Diferentemente das discussões estéreis da esquerda continental, em particular a esquerda nacional cirandeira, institucional e pacifista, os trabalhadores e a população venezuelana sabem muito bem que a defesa das conquistas sociais do regime somente podem ser mantidas sob a vigilância armada das milícias populares.
A repudiada e impopular burguesia e seu regime de opressão, fome e miséria se sustenta cada vez mais sob a ameaça e o terror contra a população pobre e indefesa. Para se opor e enfrentar os opressores, a extrema direita e o imperialismo, só há uma política consequente: o armamento das massas populares, a constituição dos comitês de auto-defesa, instrumento legítimo contra a máquina de guerra que a burguesia e o imperialismo mantém contra o conjunto da população.