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Lava-jatistas, golpistas de esquerda, mordem o próprio rabo (Parte 3): CST/PSOL

É interessante que a esquerda pequeno burguesa em geral tanto no Brasil quanto no mundo procure constantemente “novidades”  e “novas” formas de fazer política, e a qualquer custo busque “diferenciar-se”. Entretanto, na crise política brasileira, os agrupamentos morenistas ou ex-morenistas dentro do PSTU ou no PSOL mantém em geral o mesmo padrão político nos acontecimentos, mudando tão somente a ênfase.

Assim, tanto o PSTU quanto os grupos que – hoje – habitam o PSOL como o MEs (da ex-deputada Luciana Genro) e a  CST (do vereador do Rio, Bába) apoiaram a queda do governo Dilma e comemoraram as arbitrariedades da Operação Lava Jato, em especial a prisão do ex-presidente Lula.

O desenvolvimento da crise política, com o aumento da polarização política e com desmascaramento da Operação Lava Jato, após a divulgação pelo The Intercep das mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e o procurador chefe da Força Tarefa da Lava Jato, Dallagnol levou aos defensores ardentes da “ campanha contra a corrupção” e da Lava Jato a escamotear as posições anteriores.

Neste sentido, a CST/ PSOL que assim como PSTU e Luciana Genro, fez campanha aberta em favor da farsa jurídica montada pela burguesia para prender Lula, agora diante do desmascaramento da Lava Jato, repete o mesmo truque dos colegas morenistas, ou seja, declara que já sabia de tudo e que sempre “condenou” a Lava Jato.

Por isso sempre condenamos a seletividade da Lava Jato, do STJ e do STF que são morosos com relação ao PSDB, Alckmin, governadores, senadores e deputados da velha direita.”

 Note que, o padrão é mesmo, a CST não faz nenhum balanço sobre a sua adesão à farsa montada pela burguesia para incriminar sem prova e depois prender Lula, com nítido objetivo de impedir a sua candidatura presidencial nas eleições de 2018. Agora, uma vez desmoralizada a Lava Jato, perdendo sua “áurea” de defesa da “justiça” contra os “corruptos”, afirma que “sempre condenamos a seletividade da Lava Jato, do STJ e do STF”.

No entanto, como no caso do PSTU e Luciana Genro, quando garimpamos as declarações pretéritas da CST encontramos em abundância não “que sempre condenamos a Lava Jato”, mas exatamente o inverso, ou seja a CST de maneira constante, invariável  e enfática condenava antecipadamente Lula e o PT, participando alegremente da campanha burguesa “contra a corrupção” e de ataques ao PT e ao governo Dilma.

Como diz o ditado, “recordar é viver”, então vamos resgatar o que a CST realmente disse sobre a Lava Jato. É importante salientar, que a seita morenista abrigada no PSOL seguiu o padrão morenista de apoiar o golpe de Estado, fazendo frente única com os golpistas em praticamente em todas as questões essências (queda da Dilma, prisão de Lula etc.).

Ainda antes do processo farsa do impeachment, a CSP cobra do judiciário golpista um “ maior rigor” e a necessidade de uma “ investigação” contra Dilma e Lula. Assim como os procuradores da República de Curitiba, não era preciso provas, evidencias , nada disso , uma vez sobrava “ convicções” entre morenistas bem como entre os procuradores da Lava Jato dos “ crimes” e da “ corrupção” de Dilma, Lula e do PT.

“Chega a ser absurdo que Dilma, após exercer o cargo de Ministra de Minas e Energia e de Presidente da Republica, continue sem ser investigada. O mesmo podemos falar de Lula, pois seus principais colaboradores estão condenados e presos. E mais absurdo é que as velhas direções burocráticas da CUT, UNE, UBES, MST sigam defendendo esse governo de um suposto golpe.” Texto FORA TODOS! PRISÃO E CONFISCO DOS BENS DOS CORRUPTOS! 27/11/2015

Um outro aspecto relevante nas declarações da CST é a adesão moralista no estilo coxinha/udenista em relação à defesa abstrata da “luta contra a corrupção”. Não existe mais luta de classes, luta pelo programa e pelas reivindicações, o importante para CST é  “uma mobilização que exija prisão e confisco dos bens de todos os corruptos, que casse o mandato e torne inelegíveis os políticos envolvidos, que investigue pra valer Dilma e Lula, pondo fim a impunidade, e que não deixe livres os tucanos corruptos. “

De um modo geral, a CST faz uma espécie de tradução da política burguesa demagógica de “combate a corrupção” como um “valor” supra-humano para uma linguagem “classista”, ao gosto da pequeno burguesia “ combativa”.

 Nesse processo, até mesmo aspectos fundamentais do Estado de Direito Democrático, que a burguesia brasileira para dar o golpe atacou, a CSP também abandona como presunção de inocência e o direito à ampla defesa. No trecho citado “O mesmo podemos falar de Lula, pois seus principais colaboradores estão condenados e presos.” fica patente a adesão da CSP a noção tipicamente nazista de Estado de Exceção de presunção da culpa e da noção escabrosa do “ domínio do fato” usada na Ação Penal do Mensalão. Dessa forma, por essa lógica absurda, como os colaboradores de Lula estão condenados e presos, logo Lula também devia saber e portanto também é culpado, bem e a exigência de provas para condenação? Bem isso foi abolido pelo judiciário golpista e pelos seus parceiros morenistas da CSP.

Nesse caso, agindo como verdadeiro advogado do diabo da operação Lava Jato, os que hoje afirmam que “sempre condenaram a Lava Jato”, afirmavam em 2018, no artigo Sobre os Processos da Lava Jato, que não houve nada contra as regras do jogo, e que Lula não sofria perseguição, e que não havia esse negócio de “ Estado de Exceção”, uma vez que os tramites legais da democracia burguesa estava sendo “obedecidos”.

A condenação de Lula e do PT, Diferente do que diz o PT, PCdoB e os lulistas de modo geral, não estamos num “estado de exceção”, sob “golpe da direita” ou ofensiva fascista. Lula foi condenado por corrupção, dentro das instituições da democracia burguesa que ele tanto defendeu. Perdeu a votação no STF, cuja composição é formada por uma maioria de ministros indicados pelos governos ditos “democráticos e populares”. 

Lembremos mais uma vez que a CST apoiou o golpe de Estado em 2016, utilizando como “justificativa”, a campanha “contra a corrupção” da burguesia. Os governantes deveriam perder seu mandato.

Os fatos mostram que Dilma e o PT não possuem nenhuma condição de seguir governando. Que Lula não possui moral para continuar dando as cartas no palácio do planalto. Dilma, Lula e o PT estão envolvidos em todos os escândalos de corrupção dos últimos anos, e foram os principais beneficiados pelo mensalão e o chamado petrolão.”

Além do mais, a CST apontava que  “A esquerda não pode defender Lula! Entendemos que é preciso uma posição que supera a polarização entre os “defensores de Lula” e os “defensores de Moro”. 

Essa terceira via entre os “defensores de Lula” e os “defensores de Moro” nunca poderia efetivamente existir, e que era importante era que as posições da CST/PSOL representaram uma frente única na prática com a direita golpista.

De qualquer forma, é necessário sublinhar que de maneira envergonhada e diante das evidencias da farsa da Laja Jato, a CST afirmou que “por tudo isso entendemos que o julgamento de Lula deve ser anulado e que o ex-presidente deve aguardar um novo julgamento em liberdade.” O que é uma mudança em relação a defesa da prisão de Lula, mas ainda é limitada, na medida em que defende a anulação somente do julgamento, mas deveria ser a anulação de todos os processos contra Lula.

Diante da falência política da Lava Jato com a comprovação da farsa jurídica, e dos claros objetivos golpistas do juiz Sergio Moro, a CST advoga a mesma solução do Estadão e de setores golpistas, o afastamento de Moro, para preservar o governo Bolsonaro em crise. Não por acaso, assim como o PSTU, que também defendeu o “Fora Todos!”, o que na pratica representava somente o Fora Dilma, pois era esse o governo que estava sendo derrubado, a CST/PSOL não defende o Fora Bolsonaro.

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