Da redação – Após o PT e o PSOL denunciarem a invasão ilegal de gabinetes de seus deputados, ontem (03) a Câmara dos Deputados afirmou que a ação foi feita em gabinetes de todos os partidos da Casa, em uma declaração que carece de qualquer comprovação.
Não foram relatadas violações dos espaços de deputados de nenhum outro partido. Se tivessem ocorrido, obviamente seriam relatados tanto pelos parlamentares como pela imprensa golpista, que imediatamente noticiaria, a fim de “demonstrar” o equívoco nas denúncias dos políticos da esquerda.
Foi uma clara ação fascista de perseguição política, espionagem e intimidação contra a esquerda parlamentar.
PT e PSOL denunciaram que os invasores revistaram gavetas e fecharam as persianas com parafusos e que a invasão ocorreu sem aviso prévio nem autorização.
A assessoria da Câmara tentou justificar o ataque afirmando que foi uma determinação da Diretoria Geral. O presidente da Casa, o golpista de extrema-direita Rodrigo Maia (aliado de Bolsonaro), disse que não teve conhecimento de pedido para a ação e, muito menos, emitiu autorização.
Outra desculpa esfarrapada da Câmara foi de que não teria tempo de comunicar os deputados sobre a operação, que, segundo o pretexto mal contado, foi necessário por razões de segurança envolvendo a cerimônia de posse do ilegítimo Bolsonaro.
A história é, como todos podem perceber, absurda e mal contada. Os golpistas não conseguem esconder que essa foi uma operação nitidamente fascista de perseguição política e intimidação contra a esquerda.
É preciso enfrentar, de maneira concreta, a extrema-direita em todos os lugares, pois, como visto neste episódio, ela é truculenta e violenta onde quer que esteja.