Apesar de toda a propaganda da imprensa capitalista de que a crise de 2008 já teria terminado, sinais adversos para o capitalismo têm aparecido por todo o lado. No final do domingo (15) veio um duro golpe para quem tenta vender a história de uma suposta retomada da economia: 50 mil trabalhadores entraram em greve na GM dos EUA. A classe trabalhadora do principal país imperialista do mundo conseguiu parar 50 mil funcionários por meio da organização do UAW (United Auto Workers), parando 31 fábricas da GM, além de outras 21 fábricas, espalhadas em nove estados dos EUA.
Esses números mostram o nível de organização dos trabalhadores em países desenvolvidos, e o enorme risco para os capitalistas quando essa massa organizada entra em movimento. Os trabalhadores estão reivindicando um pagamento maior pela hora de trabalho e maior participação nos lucros.
Para garantir a greve, enquanto o sindicato negocia com a GM, os trabalhadores estão realizando piquetes nessas fábricas, exibindo placas com os dizeres: Trabalhadores do UAW em greve. Com a paralisação a partir de domingo, os trabalhadores da GM estão realizando a primeira greve do setor automobilístico nos EUA em 12 anos. A greve em 2007 durou apenas três dias, mas a GM já atravessou greves que duraram por meses.
O sindicato denuncia que a GM está colocando os lucros na frente dos empregados, mesmo com os sacrifícios feitos depois da crise de 2008 e com a ajuda do governo para evitar que a empresa falisse. Depois da crise de 2008, a imprensa alardeou uma suposta recuperação da economia nos EUA, especialmente com a retomada dos empregos. Os empregos recuperados, porém, pagam bem menos do que antes da crise.
Além desses problemas, como no Brasil, os trabalhadores da GM estão tentando impedir o fechamento de fábricas. A GM quer fechar a fábrica de Lordstown e uma instalação de montagem em Detroit. Os trabalhadores, depois de anos dando lucro aos patrões, não aceitam essas medidas e estão mobilizados contra isso.