O governador do Rio de Janeiro, que contratou snipers para “atirar na cabecinha” (como ele próprio declarou) do povo negro e pobre, a cada dia que passa impõe mais a sua política fascista. Num dos estados mais violentos do país, onde a polícia já matava mais pessoas que em países inteiros, os assassinatos só aumentaram desde o início do mandato de Witzel, chegando ao número absurdo de 7 mortos por dia, equivalendo a um terço de todos os assassinatos do estado.
Na última semana, quando a polícia assassinou 6 jovens em menos de 5 dias, estando uma com uma criança em seu colo, a crise social foi tamanha que provocou o posicionamento da OAB em uma pequena nota com críticas à política de segurança pública. Acreditar que essa nota terá algum impacto sobre o massacre nas periferias é, no mínimo, ingenuo para não dizer cínico. Esses assassinatos fazem parte da política de repressão ao povo, para que este aceite calado a miséria, a fome, o desemprego e todos os outros males que só aumentam desde o golpe de 2016.
Enquanto a esquerda pequeno burguesa defende o desarmamento do povo em discussões com fascistas, os fascistas, fardados e armados até os dentes invadem as comunidades com o objetivo claro de matar pessoas em qualquer dia. Como falar em manter o desarmamento quando milhares de fuzis estão em mãos de membros da extrema direita anti povo? Quem fala em desarmamento atualmente apenas defende que os fascistas (policiais ou civis) sejam os únicos que possuam armas. O povo tem o direito de se defender de quaisquer helicópteros que estejam atirando em suas casas, principalmente quando estão com governadores a bordo.