Um ensaista francês de extrema-direita, Alain Soral, foi condenado esta semana por negar a existência do holocausto. A Justiça francesa condenou Soral a um ano de prisão. Seu advogado, Daminen Viguier, foi condenado a pagar uma multa de 5 mil euros por cumplicidade com Sorel, por também ter divulgado textos em seu blog negando a existência do holocausto.
Não é a primeira vez que Soral é condenado por manifestar sua opinião desfavorável ao holocausto. Em 2016, ele já havia sido condenado a pagar 10 mil euros a justiça por postar em seu site textos sobre a inexistência do massacre nazista contra os judeus.
A despeito da crítica que pode e deve ser feita à posição fascista de Soral sobre o holocausto, é preciso se colocar contra a condenação da justiça francesa contra o ensaísta francês por conta da manifestação de sua opinião.
É preciso ter claro também que aqueles que condenam Soral, o judiciário francês, é um judiciário direitista herdeiro da ocupação nazista da França pelos alemães.
O caso do blogueiro e ensaísta francês é semelhante ao que aconteceu no Brasil contra, o também direitista e fascista, Danilo Gentille. Gentille foi condenado à prisão por ter insultado a deputada petista Maria do Rosário. Por mais que discordemos do conteúdo da posição fascista de Gentille, de ataque às mulheres, aos negros e às classes oprimidas, é preciso defender o direito à liberdade de expressão enquanto princípio.
A condenação por parte do Estado burguês contra direitistas como Danilo Gentille e Alain Soral é apenas um pretexto para uma perseguição ao direito de liberdade de expressão como um direito democrático de povo. Hoje eles condenam a direita, amanhã eles condenarão de maneira muito mais implacável e generalizada toda a esquerda.
Defender que o Estado, controlado pelos capitalistas, seja árbitro do que pode ou não ser dito, é dar munição para que este mesmo Estado acabe com o direito de liberdade de expressão e imponha uma verdadeira ditadura e censura, não contra a direita, mas contra toda a esquerda e todo o povo.