Na noite do último Domingo a Polícia Civil da Bahia assassinou, no bairro de Queimadinha em Feira de Santana, quatro pessoas com a justificativa de tentar pacificar um confronto entre traficantes, cinicamente o resultado foi mais um terrível massacre de jovens trabalhadores da comunidade. Hoje, segunda-feira, as linhas dos ônibus foram alteradas com medo de uma retaliação do tráfico, que na verdade é o medo da própria revolta popular, local, diante da ação genocida da Polícia Civil da Bahia.
Lembrando que o governador do Estado da Bahia, o petista Rui Costa, vem defendendo inúmeros aspectos do fascista pacote anticrime de Moro. Ele também quer secundarizar a palavra de ordem “Lula Livre” dentro dos movimentos sociais no Brasil, junto com Haddad e Ciro. Não é através do fortalecimento de um Estado genocida cada vez mais prisional e policialesco que iremos combater a violência e assim através da solidariedade real entre os trabalhadores contra as opressões e que geralmente tem a Polícia Civil e Militar como principais responsáveis.
Defendemos que os trabalhadores possam realmente se armar, pois o Estado, o latifúndio e a burguesia já estão armados, até os dentes, diretamente e através de uma série de grupos auxiliares. Podemos dar vários exemplos, seguranças de fazendeiros, milícias dirigidas por policiais nas comunidades, seguranças e guarda-costas de empresas privadas. Lembrando que os capitalistas já lucram absurdamente com o mercado clandestino de armas.
O direito de se armar é fundamental entre os trabalhadores, a autoafirmação territorial dos trabalhadores, assim como a própria capacidade de resistência diante das agressões da burguesia nacional e internacional são reivindicações que nenhum setor da esquerda pode abandonar. Por isso é preciso construir grupos de autodefesa eleitos localmente pela comunidade e que tenham a capacidade de se defender da forma que conseguirem diante da agressão do Estado Capitalista, seja para evitar desocupações clandestinas, assassinatos na calada da noite de trabalhadores sem-terra ou demonstrarem que podem enfrentar a própria polícia que mata a sangue frio com a desculpa de estarem combatendo o tráfico de drogas.