O governo golpista vai tentar impor um regime de terror dentro das escolas para controlar e reprimir um setor importante do proletariado, a juventude, os professores e os trabalhadores da Educação.
O plano do governo federal é implementar 54 escolas “cívico-militares” em 2020. Essa barbaridade vai ser implementada em diversas cidades pelo país.
Alguns estados não aderiram ao projeto do governo federal, é o caso do Espírito Santo, Piauí e Sergipe, porém os demais estados concordaram com esse projeto bizarro do governo fascista de Bolsonaro.
O ministro golpista da educação, Abraham Weintraub, disse durante uma coletiva que essas escolas não serão construídas, mas que unidades serão confiscadas dos estados e municípios e os professores, diretores e coordenadores serão demitidos. Em seu lugar, vão entrar militares da reserva das Forças Armadas, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
A implantação de escolas militares representa uma política ditatorial do golpe de Estado, que visa assumir o controle sobre uma das principais bases de mobilização da população brasileira, a sua juventude, contida em todas as instituições de ensino.
O golpe já há algum tempo vem buscando assumir um controle ditatorial sobre as escolas. Anunciando primeiramente a “Escola sem Partido”, ou melhor, “Escola com Fascismo”, declarando aberta a temporada de perseguição e censura aos alunos e professores e estabelecendo uma forte campanha contra a liberdade de expressão.
Com a implantação das escolas militares se dará mais um importante passo para o domínio ditatorial sobre a comunidade acadêmica, uma forma de destruir a organização política do povo, sobretudo da juventude, e perseguir diretamente os opositores ao regime golpista.
Sendo assim, o que está em jogo não é simplesmente um debate de “qualidades de ensino”, como a burguesia tenta enganar o povo, mas sim uma questão de ditadura ou não nas escolas que, com seu controle nas mãos do golpe, atinge todo o restante da população e sua organização política.