Nesse vídeo, Rui Costa Pimenta avalia que há uma fortíssima tendência à revolta popular em todos os países da América Latina, envolvendo Equador, Haiti, Honduras, Chile, Bolívia, Colombia, Argentina, Brasil.
A principal causa da revolta seria o crescimento da pobreza no continente, que atinge aproximadamente um terço da população de todo o subcontinente. Cerca de 11% da população de todos esses países está vivendo em uma situação de pobreza extrema.
Um aspecto importante no Brasil é o nível do desemprego, que vai muito além dos 12 milhões informado pelo governo. Na verdade, seriam cerca de 17 milhões de desempregados, pois o número informado não incluiria os desalentados (que desistiram de procurar emprego) como desempregados. Contando com os subempregados, que arrumam um negócio precário para sobreviver, chegaremos a um número de 60 a 70 milhões de brasileiros vivendo em uma situação grave. Essa é a razão da fúria popular nos países da América Latina.
Rui também critica a falsa crença da esquerda pequeno-burguesa de que o povo brasileiro seria inferior por algum motivo e não se mobilizaria. O equatoriano, paraguaio, argentino, seriam mais combativos que os brasileiros, segundo essa esquerda, o que não é verdade.
O Brasil está na rota da revolta tal como os demais países. Rui explica que o primeiro país que teve uma explosão enorme foi o Haiti (situação que continua até o momento) porque a situação econômica do país afundou de forma catastrófica e isso impeliu o povo à revolta. Rui reforça que não se trata de um problema cultural ou de consciência inerentes ao povo brasileiro. O Brasil seria o último país a entrar em erupção porque o Brasil é o país mais rico do continente, mas mais cedo ou mais tarde, a situação explosiva virá à tona e com tremendas consequências e avalia que o efeito de uma situação de revolta no Brasil será muito mais difícil de controlar do que a situação no Haiti.