Nesta terça-feira (17), o presidente ilegítimo e fascista Jair Bolsonaro sancionou o projeto de Lei 3.715/19, que amplia a posse de armas para dentro de propriedades rurais. A mudança permite que os latifundiários, supostos proprietários de terras, podem andar armado em toda a extensão de sua propriedade rural.
Os latifundiários comemoraram, pois o projeto de lei aprovado vai permitir a legalização da grilagem e aumento da violência no campo contra os trabalhadores sem-terra, indígenas, quilombolas e outros setores oprimidos que lutam por um pedaço de terra para viver.
O autor do PL é o senador latifundiário Marcos Rogério (DEM-RO), afirma “que não tem sentido deferir a posse ao morador da zona rural, mas não permitir que ele exerça seu legítimo direito de defesa fora da sede da fazenda”. A declaração vai diretamente contra as ocupações de terra.
A aprovação do PL 3.715/19 pelo fascista Jair Bolsonaro é uma carta branca para os latifundiários massacrarem, principalmente, os trabalhadores sem-terra. Isso porque, os pistoleiros contratados pelo latifúndio e os próprios latifundiários já atuam armados por toda a extensão da propriedade, mesmo de maneira ilegal. E a aprovação, está legalizando uma atuação recorrente dos donos de grandes extensões de terras e permite uma maior violência, pois estão protegidos pela lei.
Os bolsonaristas querem legalizar a ação violenta dos latifundiários, que se armam e criam grupos de extermínio formados por pistoleiros e policiais. É mais um incentivo a violência no campo contra os trabalhadores e tende a aumentar de maneira exponencial os assassinatos, ameaças e intimidações. A aprovação é uma promessa de campanha de Bolsonaro aos latifundiários e faz parte de um conjunto de medidas para acabar com a luta pela terra.
Também é mais um passo no sentido de colocar o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) como organização terrorista e as ocupações de terra como terrorismo.
Fica cada vez mais evidente que a direita, através do governo Bolsonaro, quer esmagar da maneira que for necessária a esquerda e a luta pela terra. Por isso, setores populares, das organizações de esquerda, dos sindicatos, como a CUT, dos movimentos sociais, como o MST, devem lutar para reverter essa situação e também criar medidas para se defender.
A primeira medida deve ser de lutar pelo armamento da população e de suas organizações populares. Diante desse cenário, o armamento é uma reivindicação democrática fundamental de autodefesa dos trabalhadores do campo e uma política a ser defendida a qualquer custo.
Outra medida importantíssima é a formação de comitês de autodefesa dos trabalhadores para organizar a proteção de integrantes dessa luta. Os comitês devem ser organizados em todos acampamentos, aldeias e comunidades em todo o país, porque não há como confiar nas instituições do Estado que estão tomadas por latifundiários e bolsonaristas, mas sim nos próprios trabalhadores.