Terça-feira (17) o município do Rio de Janeiro suspendeu todos os pagamentos do Tesouro da cidade, cortando, entre tantos outros gastos, o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro dos servidores municipais. A situação da capital corresponde à falência do próprio estado. Em abril, o secretário da Fazendo do Estado, Luiz Cláudio Rodrigues de Carvalho, disse que a dívida do Rio de Janeiro com a União seria “impagável”. O governador do Rio, Wilson Witzel, apressou-se em dizer que não poderia socorrer a prefeitura da capital, e lembrou que o Estado está em calamidade financeira desde 2016.
Esse desdobramentos recentes do desastre econômico brasileiro não se restringem de maneira alguma ao território do Rio de Janeiro. Ainda na região Sudeste, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, iniciou o mandato dizendo que o Estado estava falido e agora afirma não ter previsão de quando poderá pagar o décimo terceiro dos servidores mineiros. A solução de Zema, direitista como Bolsonaro e Witzel, é tentar vender correndo o Nióbio do Estado.
Por todas as regiões do País há casos semelhantes, de falência de um município ou de todo um Estado. O Rio Grande do Sul já vai para o quinto ano pagando o salário de servidores atrasado. A suposta solução do governo, também de tipo bolsonarista sob o governador Eduardo Leite, é privatizar tudo. Ou seja, liquidar o patrimônio público e arriscar serviços públicos essenciais para a população, especialmente os setores mais pobres.
Quem vai pagar?
Toda a conversa da direita golpista relativa à falência de estados e municípios em todo o Brasil consiste em apontar que o “déficit” teria que ser cobrido com corte de gastos públicos. Ou seja, nos níveis municipal e estadual teria que ser aplicada a mesma política neoliberal que Bolsonaro e seu ministro da Economia paulo Guedes vêm implantando nacionalmente. O programa neoliberal consiste em atacar os direitos trabalhistas, os salários e qualquer proteção social aos trabalhadores, deteriorando drasticamente as condições de vida de milhões de pessoas.
Fora Bolsonaro!
Como sempre, as crises do capitalismo sobram para os trabalhadores pagarem, de modo que os capitalistas possam continuar lucrando às custas de uma exploração mais intensa. É preciso lutar contra essa política, mobilizando os trabalhadores contra a direita golpista em torno de uma programa que apresente uma saída à esquerda para a crise nacional. Para isso, é crucial fazer uma campanha no próximo período que coloque como reivindicação central a questão do poder e do fim desse governo de direita, com a palavra de ordem Fora Bolsonaro!