Cinco motivos para defender a Venezuela do imperialismo

A Venezuela está sendo atacada pelo imperialismo na mais dura ofensiva já vista contra o chavismo. A ameaça é real de invasão do país, por isso a esquerda não pode pensar duas vezes em defender a Venezuela das garras dos monopólios imperialistas. A seguir, elaboramos uma lista de cinco motivos para defender a nação sul-americana:

  1. Os EUA querem invadir o País para roubar seus recursos naturais

A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo e o imperialismo está disposto a fazer uma guerra, massacrando seu povo, para obter essas reservas para as grandes petrolíferas. A Petróleos de Venezuela (PDVSA) é a principal empresa venezuelana, e pertence ao Estado. O imperialismo sempre tentou tomar conta da companhia, mas os governos chavistas fortaleceram o controle do Estado sobre ela, inclusive investindo em sua filial nos EUA, a Citgo.

Uma das principais manobras golpistas para derrubar Nicolás Maduro tem sido a manipulação dos preços do petróleo pelo imperialismo, rebaixando os preços para afetar enormemente a economia venezuelana. Agora, nessa nova etapa, o golpista Juan Guaidó que se autoproclamou presidente da Venezuela (como um louco que diz que é Napoleão Bonaparte) disse que irá nomear seus próprios diretores da PDVSA e da Citgo, e prontamente o governo norte-americano bloqueou bilhões de dólares dessas empresas, que serão desviados para o governo ilegítimo, ilegal e paralelo de Guaidó.

Esta semana, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, afirmou que seria maravilhoso para as empresas imperialistas norte-americanas “desenvolverem o potencial petrolífero da Venezuela”, extraindo e refinando seu petróleo. Ou seja, roubar o petróleo do povo venezuelano para esses grandes monopólios. E, como sabemos, as grandes petrolíferas como a Chevron, a Exxon Mobil, a Shell, são algumas das principais promotoras de golpes de Estado há décadas, justamente para tomar conta dos recursos naturais dos países oprimidos.

2. O povo venezuelano apoia Maduro

Desde que Hugo Chávez chegou ao poder em 1999 foram realizadas 25 eleições, das quais os chavistas venceram 23, incluindo as duas que Maduro ganhou (2013 e 2018). Três partidos da oposição boicotaram a eleição do ano passado, e Maduro ganhou dos outros candidatos com 67% dos votos. Nessas eleições, foram realizados comícios chavistas por toda a Venezuela, nos quais o povo encheu as ruas em apoio a Maduro.

Além disso, todas as semanas o povo sai às ruas em defesa do governo, há anos. Nessa última segunda-feira (28), havia 300 mil pessoas nas principais avenidas de Barquisimeto em apoio a Maduro. No dia 23, quando a oposição organizou manifestações golpistas, calcula-se que três milhões de chavistas saíram às ruas de todo o país para mostrar que o povo está com Maduro. Obviamente, a imprensa cartelizada só mostrou as manifestações direitistas, e com muita manipulação.

  1. Se Maduro cair, o imperialismo vai destruir as organizações populares

    O povo venezuelano é o mais organizado da região, com milhares de comunas, sindicatos fortes, partidos de esquerda fortes, movimentos populares massivos, milícias armadas etc., que apoiam o governo. Para roubar os recursos da Venezuela, o imperialismo teria que, depois de derrubar o governo, impor um regime abertamente fascista para destruir toda essa organização, porque senão não conseguiria conquistar esses recursos. E acabar com a organização dos trabalhadores significa destruir décadas de luta do povo, que demoraria mais décadas para se recompor, sendo um duro e brutal ataque à revolução operária.

  2. Se a Venezuela cair, o imperialismo pode dominar todo o continente

    Com a queda de Maduro e a destruição da chamada “Revolução Bolivariana”, fica aberto o caminho para a derrubada dos governos de Bolívia, Nicarágua e até mesmo de Cuba, significando um retrocesso jamais visto para a esquerda latino-americana, e o continente ficaria dominado por completo pela extrema-direita, fortalecendo Bolsonaro e todo o imperialismo. Isso aprofundaria o regime de usurpação dos recursos latino-americanos, transformando o continente por completo em uma grande feitoria colonial para os norte-americanos, sendo toda a região governada por regimes cada vez mais direitistas e capachos do imperialismo.

  3. Se o povo venezuelano vencer, abre um novo capítulo de ascenso das massas para derrotar a direita

    São Paulo 18/03/2016 Ato em Defesa da Democracia na Avenida Paulista . Foto Paulo Pinto/Agencia PT

    No entanto, caso o povo venezuelano consiga vencer esse golpe, confiscando a burguesia e derrotando o imperialismo, isso vai dar um novo incentivo revolucionário para os povos da América Latina, as massas entrarão em movimento para derrotar os governos golpistas de extrema-direita, Bolsonaro ficará enfraquecido e em xeque com a ascensão do movimento operário brasileiro, e haverá a possibilidade de a burguesia e do imperialismo ficarem contra a parede, inclusive com a radicalização das massas num sentido revolucionário.

    Por todos esses motivos, a esquerda brasileira e latino-americana deve, imediatamente e sem vacilações, sair às ruas em manifestações de apoio à Venezuela e pelo Fora Imperialismo da América Latina. Até porque, como explicado acima, esse movimento também impulsiona o movimento geral de luta contra o golpe e contra o regime ilegítimo de Jair Bolsonaro.

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