Os produtores do filme Marighella se pronunciaram sobre o cancelamento da estreia que estava prevista para chegar aos cinemas no dia 20 de novembro. Para a imprensa, na forma de uma nota, alegam que há grande expectativa de estreia no Brasil e que onde o filme vem sendo apresentado, é um sucesso.
Dirigido pelo ator Wagner Moura e estrelado por Seu Jorge no papel de Marighella, o filme vem enfrentando a burocracia da Ancine que esta tomada de serviçais da política fascista de Jair Bolsonaro e dos militares. A liberação de verbas, que já tinham sido usadas na produção e precisam ser ressarcidas, é um dos argumentos da extrema-direita para atacar o filme, mas, o fundamental, é o ataque ideológico contra toda a esquerda.
“Nós, produtores do longa-metragem Marighella, dirigido por Wagner Moura, anunciamos que a data de lançamento do filme nos cinemas brasileiros, divulgada anteriormente para 20 de novembro de 2019, está cancelada. Os produtores haviam escolhido o mês de novembro, que marca os 50 anos de morte de Carlos Marighella, e o dia 20, da Consciência Negra, para a estreia. No entanto, a O2 Filmes não conseguiu cumprir a tempo todos os trâmites exigidos pela Ancine (Agência Nacional do Cinema). Marighella segue sendo apresentado com muitos sucesso em vários festivais de cinema no mundo. Nosso objetivo principal sempre foi a estreia no Brasil. Os produtores e a distribuidora Paris Filmes vão seguir trabalhando para que isso aconteça”.
É preciso denunciar essa censura à cultura, uma atitude que não é apenas um fato e sim a política da extrema-direita. Precisamos lembrar que estamos em um Golpe de Estado, onde, esta política vem ganhando espaço, mas também é respondida a cada dia. Na campanha eleitoral, assim como a política de Bolsonaro em toda sua vida, houve grande perseguição à esquerda. Agora, após tomar o poder, o usurpador se sente à vontade para boicotar um filme que representa toda uma luta dos trabalhadores brasileiros contra a Ditadura Militar de 1964.
Bolsonaro defende a volta à tortura, à perseguição política, o fim dos sindicatos e de toda esquerda. Por isso devemos denunciar amplamente e organizar a população para derrubar esta ditadura que se instaurou no Brasil.
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