Da redação – O prisioneiro político Cesare Battisti teve o seu pedido de redução de pena rejeitado pela justiça italiana. Sua defesa estava apelando na Corte de Apelações de Milão para que sua pena fosse reduzida para 20 anos, mas a justiça fascista manteve a decisão anterior, de prisão perpétua. Em compensação, incluíram a ridícula concessão de que ele poderia recorrer novamente em 2023. O italiano era membro do grupo armado Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e é acusado sem provas de quatro assassinatos contra líderes fascistas italianos nos anos 70.
A verdade é que a condenação contra Battisti é feita por um governo autoritário e fascista e seu crime verdadeiro foi somente o de se opôr à extrema-direita em seu país. Não há provas de que ele tenha cometido os assassinatos dos quais é acusado e durante toda sua vida ele negou esses crimes. Se ele confessou agora diante da justiça italiana sob possível tortura, tortura psicológico e chantagens, isso só confirma sua inocência e o fato de que ele é um perseguido político do regime.
Além disso, a própria informação de que ele teria cometido os assassinatos foi também arrancada sob tortura de outro militante de seu mesmo grupo, Pietro Mutti, capturado nos anos 80. Foi aí que incluíram em sua condenação os crimes de homicídio, mesmo sem haver nenhum julgamento das acusações. Antes disso, ele era somente acusado de crimes políticos.
É preciso denunciar as arbitrariedades da justiça italiana e lutar pela liberdade de Cesare Battisti, um dos presos políticos do imperialismo, junto com Lula e Julian Assange.