É intensa e sórdida a hedionda campanha de ataques que a cínica burguesia e seus porta-vozes – a venal imprensa nacional – vem fazendo contra o ex-presidente Lula, particularmente neste momento em torno à questão da sua decisão de não aceitar o “benefício” da progressão de pena, com a ida para o regime semiaberto, solicitado pelos não menos cínicos e descarados membros do Ministério Público Federal, a mesma instituição jurídico-golpista que apresentou e sustentou contra Lula todo o gigantesco arsenal de mentiras e falsificações que acabaram por processar (fraudulentamente) e condenar ao cárcere a maior liderança operária e popular do país.
Os que estão a exigir neste momento a sua ida para o regime semiaberto são os mesmos que violaram todas as mais elementares garantias individuais da cidadania previstas no texto constitucional, onde não faltaram os mais vis e grotescos pisoteamentos dos direitos previstos em lei, convenientemente desconhecidos por juízes e procuradores, com o objetivo claro e indisfarçável de atacar o prestígio e o capital capital político do ex-presidente, amputando os direitos políticos de Lula, com o intuito de alijá-lo da disputa presidencial em 2018. Lula liderava todas as pesquisas de intenção de voto nas últimas eleições e se não fosse a manobra escancarada da justiça golpista para deixá-lo de fora da corrida presidencial, certamente a eleição de 2018 teria outro desfecho.
Está mais do que claro que a decisão do MPF em “conceder” ao ex-presidente o benefício da ida para o regime semiaberto é uma manobra política para esvaziar o movimento nacional de luta em defesa da liberdade plena e total de Lula. As revelações do sítio “The Intercept” demoliram por completo os últimos resquícios de credibilidade da golpista operação “Lava-Jato”, aprofundando ainda mais a crise do moribundo governo Bolsonaro, em queda livre de popularidade junto aos seus próprios eleitores. O que a burguesia teme neste momento é justamente o aprofundamento da crise e a corrosão ainda maior do atual governo, o que colocaria em xeque-mate toda a frágil operação iniciada em 2014 com a campanha de ataques e a consequente desestabilização do governo eleito, deposto pelo golpe de Estado de 2016.
Os movimentos de luta dos trabalhadores, os comitês de luta em defesa da liberdade de Lula, os ativistas do movimento operário, popular, sindical e estudantil não devem e não podem cair nesta cilada armada pelos inimigos do povo, os mesmos que conspiraram para encarcerar o ex-presidente. A tarefa do momento é não só intensificar a luta em defesa da liberdade incondicional de Lula, como principalmente exigir que sejam anulados todos os processos (todos fraudulentos) que foram e ainda estão sendo movidos contra a maior liderança operária e popular do país. Neste sentido é preciso fortalecer e intensificar a campanha nacional pela anulação dos processos judiciais, coletando assinaturas no abaixo-assinado, realizando atos e manifestações em tofo o país e participando das caravanas que se deslocarão a Curitiba no dia 27 de outubro, no aniversário de Lula.