Ontem (16), o jornal golpista e de extrema-direita O Estado de S. Paulo publico reportagem com documento do Ministério da Saúde que mostra uma lista de alguns dos principais laboratórios do País que terão contratos encerrados com o governo.
Esses contratos garantiam a fabricação de 19 remédios para transplantados e quem sofre de câncer e diabete e que eram, até agora, distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mais de 30 milhões de pacientes que precisam desses medicamentos deverão ser prejudicados.
“A insegurança que isso traz é o maior golpe da história dos laboratórios públicos”, disse à imprensa burguesa o presidente da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil (Alfob), Ronaldo Dias.
Trata-se de mais um dos inúmeros ataques do governo Bolsonaro contra o povo pobre. Essa é exatamente a política dos golpistas e, particularmente, de Bolsonaro: deixar milhões (no caso, 30 milhões) de brasileiros sem remédios de extrema necessidade. Deixar o povo sem remédios.
Esse ataque, especificamente, é contra os laboratórios públicos e seus parceiros, atendendo aos interesses da indústria farmacêutica, formada pelos grandes monopólios capitalistas internacionais do setor da saúde.
Desde o golpe de 2016, a direita tem implementado, em escala nacional, uma política de destruição de toda a saúde pública. Já com Michel Temer, os golpistas cortaram diversos programas sociais como o Farmácia Popular, têm aumentado o sucateamento do SUS, atacado a pesquisa nas universidades relacionadas a medicamentos e doenças, dentre uma série de medidas.
A política neoliberal levada a cabo por Bolsonaro significa a destruição de todos os direitos mais básicos e fundamentais da população: direitos trabalhistas, direitos previdenciários, direito à educação, ao transporte, à moradia, todos os direitos humanos, direito à vida e o direito à saúde pública. São ataques devastadores em todos os níveis e por todos os lados.
Justamente por isso é equivocada a tática de lutar contra uma medida parcial de cada vez. É preciso lutar contra todas, e a única forma de fazer isso é lutar diretamente pela derrubada do governo Bolsonaro e de todo o regime golpista. E a maneira de fazer isso é organizar a revolta popular, nas ruas, encabeçada pelas entidades da classe operária, em um amplo movimento pelo Fora Bolsonaro.