Bolsonaro assinou a Medida Provisória 902/2019, que quebra o monopólio da Casa da Moeda na confecção de cédulas, moedas, emissão de passaportes e selos fiscais (usado para produtos controlados, como cigarros, bebidas e medicamentos).
Trata-se de mais uma atividade econômica a ser aberta para a concorrência estrangeira. Ao contrário do que fizeram os países capitalistas centrais – criarem barreiras para a concorrência estrangeira – a classe política brasileira, serviçal da burguesia transnacional, tem trabalhado incessantemente para quebrar a indústria interna. É bom lembrar que o entreguista Michel Temer já havia incluído a Casa da Moeda no grupo das empresas a serem privatizadas pelo seu governo golpista e ilegítimo.
Já se foi o tempo em que a indústria brasileira aspirava competir com outros países na tecnologia de ponta. Nossas indústrias de computadores, caminhões, automóveis, telecomunicações, nossa marinha mercante, foram todas destruídas na primeira onda neoliberal. Com o avanço do golpe, está sendo a hora de quebrar as pernas da indústria aeroespacial, de perfuração de petróleo, dos correios, e tudo o mais que for possível.
A imprensa golpista tenta escamotear este golpe na Casa de Moeda com uma ponta de otimismo. A medida “pode” baratear o custo da emissão de passaportes. Como se a emissão de documentos internacionais, que precisam ser estritamente controlados, pudesse ser deixada nas mãos da “livre concorrência”, e não continuasse submetida a um monopólio, agora de uma empresa estrangeira, que levará os lucros da atividade para fora do País.