O Ministro das Relações Exteriores da camarilha golpista e fascista que usurpou o poder no Brasil, Ernesto Araújo, afirmou que o Brasil pode adotar sanções econômicas contra a Venezuela. Pretende, portanto, fazer parte, em alguma medida, da política genocida do imperialismo Norte-americano e europeu realizada por meio do chamado bloqueio econômico, de que a Venezuela é vítima, pelo menos desde 2015. É comum na imprensa capitalista nacional e internacional, para atacar o governo venezuelano, chamar a atenção para a crise de desabastecimento no país, o que não é comum é explicitar que tal crise é produto do bloqueio econômico promovido pelo imperialismo como meio para desestabilizar o país e o governo.
O bloqueio econômico nada mais é do que uma política de promoção de genocídio controlado de uma população com o objetivo explícito de derrubar um governo ou dele receber benesses. Na Venezuela, com a resistência do governo e do povo, o imperialismo vem intensificando a guerra econômica. Em 2015, o então presidente Barack Obama assinou um decreto declarando “ … emergência nacional com respeito a ameaça inusual e extraordinária para a segurança nacional e a política exterior dos Estados Unidos representada pela situação situação Venezuela “, o que abriu caminho para medidas mais violentas em relação a economia do país latino-americano. Trump, em 2018, decretou sanções do Departamento do Tesouro para proibir a compra de qualquer dívida do Governo da Venezuela, por cidadão estadunidenses. Sanções que incluem o Banco Central e a estatal PDVSA. A Venezuela não pode utilizar o dólar como moeda Internacional, nem realizar transação Internacional em Dólar. Nem pode negociar a dívida externa, já que os contratos pertencem a jurisdição norte-americana.
Diversos contratos foram cancelados unilateralmente, com claro objetivo de bloquear as operações financeiras da Venezuela. Também o bloqueio se dá através dos intermediários, impedindo que as transações entre a Venezuela e a gente de outros países se concretize. Operação verdadeiramente criminosas. Em 2017, por exemplo, 300 mil doses de insulina pagas pelo Estado venezuelano não chegaram ao país, devido a boicote do Citibank, que se recusou a receber o valor que foi depositado pela Venezuela para o pagamento do medicamento. Pelo menos 23 operações no sistema financeiro foram devolvidas, dentre estas cerca de 39 milhões em alimentos, insumos e medicamento. Desde novembro de 2017, pelo menos 1.650 bilhões de dólares da Venezuela, destinados a compra de alimentos e medicamentos foram sequestrados/roubados pela empresa de serviços financeiros Euroclear, em cumprimento a criminosa sanção do Departamento do Tesouro.
Também as agências de avaliação classificam sempre o país como de “alto risco”, mesmo com a Venezuela pagando a dívida externa regularmente, o que a impede de ter acesso a crédito Internacional. Em suma, uma política de sufocamento econômico do país que resulta no extermínio de grandes contingentes da população. O imperialismo condena as massas da população a fome e a doença para roubá-las. Isso é o que o imperialismo tem a oferecer.