Todo o povo brasileiro assistiu estupefato à devastação provocada pelas trapalhadas de Bolsonaro em torno do problema da Amazônia. Por causa de sua base direitista, no caso o agronegócio e os ruralistas, Bolsonaro colocou em marcha uma política extremamente predatória da floresta, o que permitiu que o imperialismo aproveitasse a oportunidade para entrar em campo sob a cobertura demagógica do “ambientalismo”.
Embora alguns setores tenham sido enganados pelo “democrático” e “ecológico” Macron, presidente direitista da França, vimos um número considerável de pessoas que perceberam a manobra do imperialismo. É evidente que não há nenhuma preocupação ambiental com a Amazônia. Na realidade, o imperialismo deseja roubar a fortuna incalculável que está na floresta.
Agora, temos visto mais uma “jóia” brasileira que está na mira do imperialismo: a orla marítima do país, uma gigantesca extensão territorial. O território brasileiro inclui, além de toda a extensão em terra, uma faixa de 370 quilômetros, que vai desde a orla marítima em direção ao oceano. Esta ampla faixa oceânica foi apelidada recentemente de “Amazônia Azul”, um nome sugestivo, que mostra a ideia de comparar esta parte do território brasileiro com a floresta amazônica. É uma extensão territorial muito grande, que possui cerca de 3,6 milhões de quilômetros quadrados, e que por este lado justifica a comparação com a Amazônia.
Vemos aqui mais uma tentativa do imperialismo de achacar e desmembrar o Brasil. Conforme temos discutido em nossa imprensa de tempos em tempos, um país de dimensões continentais como o Brasil, por mais que seja atrasado, acaba constituindo dificuldades para a dominação imperialista. Por conta disto, está nos planos do imperialismo há muito tempo a tarefa de pulverizar o país em muitos países menores, que seriam obviamente muito mais fáceis de se dominar. Para os que acham que se trata de uma “teoria da conspiração” convém relembrar o caso recente da Iugoslávia, onde o imperialismo fatiou o país assim como “Jack o Estripador” fazia com suas vítimas.
Conforme se sabe, existe uma grande quantidade de petróleo no oceano brasileiro. No entanto, podemos imaginar que esta região contém ainda muitas outras riquezas desconhecidas, sejam elas minerais ou em termos de diversidade biológica. Além de tudo, a desculpa “ambiental” é uma “justificativa” que permitiria até a entrega da cidade de São Paulo com seus muitos milhões de habitantes, afinal, é uma metrópole muito poluída. É uma farsa completa. Seja de São Paulo, da Amazônia floresta, da sua versão “azul” ou do resto do país: do Brasil cuidam os brasileiros.
O que estamos vendo aqui é mais uma tentativa do imperialismo de avançar sobre a integridade do Brasil e sobre as enormes riquezas do nosso país. Não podemos cair no “canto de sereia” do imperialismo, que não está nem um pouco preocupado com o meio ambiente do Brasil. O risco de divisão do país é uma ameaça real e muito grande, e não uma “teoria da conspiração”, como quer nos fazer acreditar a Folha de S. Paulo.