Aproveitando o plano de favorecimento de Bolsonaro às mineradoras e aos latifundiários, com a grilagem de terras, o imperialismo está procurando uma forma de intervir na situação caótica da Amazônia. O interesse, naturalmente, é expropriar o Brasil de suas imensas riquezas que existem na região, através de uma política demagógica de cunho ecológica e supostamente humanitária.
Isso se dá através de uma suposta internacionalização da Amazônia, a floresta mais importante do mundo. Anteriormente à reunião do G7, o presidente francês, Emmanuel Macron, “Nossa casa queima. Literalmente. A Amazônia, o pulmão de nosso planeta, que produz 20% de nosso oxigênio, arde em chamas. É uma crise internacional.” Quer dizer, a Amazônia não seria dos brasileiros e dos países latino-americanos, mas a “casa” de todos. E os problemas que nela ocorrem, “uma crise internacional”.
A fala do presidente francês revela o interesse das grandes potências para uma intervenção do imperialismo na Amazônia. A cúpula do G7, que reuniu os principais países imperialistas neste final de semana na França, decidiu “ajudar” os países atingidos pelas queimadas na Amazônia “o mais rápido possível”, disse Macron, que procura faturar em cima do problema, disfarçando sua política colonialista, de intervenção em países soberanos, por detrás de uma capa democrática e ecológica.
“Há uma convergência real para dizer que todos concordamos em ajudar os países afetados por esses incêndios o mais rápido possível.”
Desta forma, o imperialismo aproveita a política criminosa de Bolsonaro para iniciar uma campanha de tipo colonial, com o objetivo de expropriar as riquezas brasileiras.
Além disso, cabe aqui ressaltar a política de Bolsonaro, que cortou orçamento da fiscalização ambiental e no combate a incêndios e estimulou os latifundiários a realizarem queimadas pelo país, com o “Dia do Fogo”.
Porém, vale ressaltar que nenhuma política cometida por Bolsonaro será pior que a dominação de uma parte do país pelo imperialismo. As potências europeias e norte-americanas são responsáveis pela devastação do Oriente Médio, o que revela a capacidade de destruição pelos monopólios em busca de riquezas.
Bolsonaro, nesse sentido, também não é nenhuma alternativa nacionalista ao problema. Como afirmou anteriormente, “só uma pessoa que não tem qualquer cultura fala que” a Amazônia é nossa. Isto é, o presidente é um capacho capaz de entregar a maior região do país para os capitalistas estrangeiros.
A única alternativa para manter a Amazônia sob território brasileiro é lutar, ao mesmo tempo, pelo Fora Bolsonaro e contra a intervenção imperialista no Brasil, seja esta intervenção direta ou indireta. Contra o capachismo e contra os monopólios capitalistas.