Logo após a facada dada em Bolsonaro, o general Mourão queimou a largada e praticamente deu um golpe na candidatura do capitão, assumindo a dianteira e pleiteando a participação nos debates eleitorais. A intervenção militar do general Mourão causou uma crise essa semana na campanha do candidato do PSL. O capitão fascista mandou, quebrando a hierarquia militar, o general parar de fazer campanha em seu lugar.
Ao mesmo tempo a imprensa imperialista internacional lançou um ataque contra Bolsonaro. A capa da revista The Economist dessa semana, ligada aos grandes bancos e aos monopólios empresarias que comandam a economia capitalista e organizaram o golpe no Brasil, apresentou o retrato de Bolsonaro e logo embaixo uma caracterização da candidatura da extrema-direita, como sendo desastrosa e uma ameaça para o Brasil e a América Latina.
A campanha impulsionada nas redes sociais, de caráter apartidário e com colaboração da esquerda-pequeno Burguesa, com a palavra de ordem “Ele não”, também evidencia a operação do imperialismo contra Bolsonaro para favorecer o seu candidato de preferência, Geraldo Alckimin. O que mostra a farsa da campanha é a participação de elementos da direita, inclusive de setores da extrema-direita contra Bolsonaro, como é o caso da apresentadora Rachel Scherazade.
Conforme se aproxima a data do primeiro turno, as manobras do imperialismo vão ficando cada vez mais claras no que diz respeito aos seus verdadeiros interesses políticos. Com a impugnação arbitrária da candidatura da principal liderança popular do país, o ex-presidente Lula, o imperialismo aprofunda a sua operação para garantir que o seu candidato vença as eleições.