O Poder Judiciário, antes mesmo do golpe de Estado, era um dos principais agentes dos patrões e da burguesia. Várias greves foram atacadas pelo Judiciário, que sempre obrigava os sindicatos a pagar multas milionárias caso a greve continuasse, ou determinava a greve legal, contanto que 100% da categoria trabalhe.
Agora, a novidade foi decretar uma greve abusiva antes mesmo que a greve começasse. Além disso, o Tribunal Superior do Trabalho impôs multa aos petroleiros de cerca de R$ 2 milhões ao dia caso a greve fosse decretada. Essa é a pressão dos golpistas, que até aqui já atropelaram uma série de direitos constitucionais, e o direito à greve não iria ficar fora desses ataques.
O Judiciário tomou essa medida diante da possibilidade da greve dos petroleiros jogar o governo na lona, já que mal conseguiu sobreviver à greve dos caminhoneiros, que também foram atacados com multas e repressão do Estado.
Os petroleiros, alvos de ataques desde os tempos de Fernando Henrique Cardoso, o rei da privataria, diante dos problemas que enfrentam, chamaram uma greve, ao que a ministra do TST, de maneira totalmente arbitrária e arrogante, respondeu que a “pauta de cunho essencialmente político e de forte ingerência não apenas no poder diretivo da Petrobras, como em ações próprias de políticas públicas que afetam todo o País e não podem ser resolvidas por pressão de uma categoria profissional”
Nesse sentido, a greve foi proibida antes mesmo de acontecer. Forçaram os sindicalistas a não realizar a greve. Assim, a greve precisa ser levada adiante, inclusive na luta pelo direito de se realizar o movimento paredista, de acordo com o interesse da categoria, confirmado em assembleia.
A intervenção do Judiciário nessa e em outras greves é de caráter abertamente fascista, onde o Estado impede o funcionamento das organizações dos trabalhadores, e estes ficam sendo obrigados a aceitar tudo que os patrões quiserem.