A cada nome cogitado para compor os ministérios do governo Bolsonaro, torna-se mais evidente que este servirá aos interesses do imperialismo norte-americano.
A começar pelo pretenso ministro da economia, queridinho da imprensa entreguista, o “Chicago boy” Paulo Guedes, cuja formação acadêmica se deu principalmente em solo norte-americano. É o homem encarregado de arquitetar a entrega das estatais brasileiras aos tubarões do “mercado”.
Depois vem o ministro das relações exteriores, um beato fundamentalista, Ernesto Araújo, fervoroso defensor da hegemonia dos Estados Unidos diante do resto do mundo, e cuja orientação política e filosófica provém dos ensinamentos do “mestre” direitista Olavo de Carvalho.
Recentemente, para comandar a Petrobrás, maior e mais valioso alvo de cobiça do capital estrangeiro, Paulo Guedes indicou o também “Chigado boy” Roberto Castello Branco, com vistas a facilitar e agilizar a privatização da estatal brasileira.
Joaquim Levy, homem de confiança dos banqueiros e, portanto, do mercado financeiro parasitário dos trabalhadores, foi cotado para assumir o BNDES. Sua nomeação pode significar o aumento da taxa de juros oferecida aos pequenos produtores, de modo que eles passarão a recorrer aos bancos privados para financiar suas atividades.
Outro economista, Roberto Campos Neto, assumirá a presidência do Banco Central. O profissional também é formado nos Estados Unidos e possui ampla experiência em parasitar o setor produtivo em favor do rentismo tendo trabalhado até o momento como executivo do Banco Santander. É neto de “Bob Fields”, que foi político durante a ditadura e ministro do General Castelo Branco.
O apelido em inglês lhe foi dado por conta de sua política favorável aos norte-americanos. Fields também discípulo da ideologia neoliberal do imperialismo de Friedrich August von Hayek.
Aí teremos Sérgio “Massachuts” Moro no ministério da Justiça e da Segurança Pública, acompanhado de uma equipe de carreiristas policiais que possuem verdadeira aversão ao direito constitucional, e que representam o que há de pior na perseguição contra setores nacionalistas e progressistas da política do país. Sem falar que Moro teve curso de formação patrocinado pelo departamento de justiça norte-americano.
Para chefiar a Polícia Federal, Moro indicará Mauricio Valeixo, superintendente da PF no Paraná, adido em Washington (capital norte-americana) de 2015 a 2017.
O general Augusto Heleno, palestrante na Escola das América no ano de 2006, foi cogitado para o ministério da defesa, e o general Juarez Azevedo, diretor geral de secretaria da junta interamericana de defesa em Washington DC, está cotado para assumir o comando dos Correios – outra estatal seriamente ameaçada de ser entregue ao rentismo estrangeiro.
Ou seja, fica claro. O governo de Bolsonaro é o governo dos Estados Unidos.