O fim do Ministério do Trabalho e entrega das atribuições da antiga Secretaria de Relações do Trabalho, para o Ministério da Justiça, a ser comandado pelo ex-juiz Sérgio Moro, deixam evidentes que estão nos planos do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, uma intensa perseguição contra os sindicatos, com o claro intuito de cercear essa organização fundamental na defesa dos interesses dos trabalhadores que o “novo” governo golpista quer atacara ainda mais duramente.
De certa forma, os golpistas querem colocar a própria existência dos sindicatos diretamente nas mãos de um elemento de extrema-direita, que mostrou serviços na perseguição à esquerda, destacadamente, no caso do ex-presidente Lula condenado e preso ilegalmente, sem quaisquer provas. Dessa forma, criar dificuldades para o funcionamento daqueles que estejam funcionando como organizações de luta e defesa dos interesses dos trabalhadores contra os patrões e seus governos, ainda mais nesse momento de golpe de Estado, quando os golpistas estão jogando na lata de lixo todo tipo de legislação que garanta direitos para os trabalhadores, quando querem liquidar com as aposentadorias, quando cresce a miséria e o trabalho escravo.
Essas organizações, principalmente os sindicatos da classe operária e a Central por eles criada, a CUT, são fundamentais não apenas na mobilização específicas de suas categorias, mas principalmente no trabalho de unificação e mobilização geral dos trabalhadores, como se viu em todos os últimos enfrentamentos dos explorados com a direita, desde a ditadura militar, passando pela luta contra as privatizações, contra o golpe de estado, contra a reforma da Previdência etc.
Está claro que os golpistas querem destruir totalmente os instrumentos da população explorada que possam colocar em xeque todo o regime ditatorial que foi montado com a derrubada da presidente Dilma. Apenas desta forma poderão levar adiante a política de ataques e de miséria que querem para o povo brasileiros. E por isso prenderam Lula, a principal liderança política dos trabalhadores.
Assim atacam o PT e todos os partidos de esquerda, o MST e o MTST e todos as organizações populares, iniciaram com Temer um profundo ataque contra os sindicatos (fim do imposto sindical, reforma trabalhista etc.) e querem intensificar esses ataques com o governo fascistas de Bolsonaro.
Para imporem todos esses objetivos, a prisão de Lula continua sendo uma questão decisiva para a direita, porquanto que ele continua sendo a maior liderança popular do País, capaz de unificar a mobilização dos trabalhadores e de suas organizações de luta contra esses ataques e contra o golpe de Estado.
É preciso defender incondicionalmente a autonomia dos sindicatos e das organizações de trabalhadores diante do Estado capitalista. Um dos direitos fundamentais conquistado pela luta histórica e permanente da classe operária é o direito à organização sindical e o direito de greve, que os golpistas estão querendo destruir com o governo ultra reacionários de Bolsonaro-Mourão, tendo à frente do MT, de Sérgio Moro, o “Mussoline de Maringá”.
A CUT e os sindicatos e demais organizações de luta dos explorados, devem colocar nas ruas uma intensa campanha contra a intervenção do estado da burguesia nas organizações dos trabalhadores, que deve estar relacionada com a luta pela liberdade do Lula e pela derrubada do governo golpista de Jair Bolsonaro: Não à intervenção nos sindicatos! Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
