Da redação – Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, anunciou hoje (03) a repartição do Ministério do Trabalho em três entidades, sob a responsabilidade dos ministérios da Economia, da Cidadania e Justiça e Segurança Pública, este último comandado pelo juiz fascista Sergio Moro.
Segundo a indicação de Lorenzoni, Moro ficaria responsável pela concessão de registro sindical e fiscalização de trabalho escravo.
Ou seja, o juiz treinado e promovido pelos EUA para atuar no golpe de Estado e na prisão de Lula, desta forma, terá poderes para reprimir sobremaneira o movimento sindical. Ele, inimigo declarado dos trabalhadores, poderá intervir nos sindicatos a fim de controlar o movimento a mando dos patrões.
No comando da Lava Jato, Moro perseguiu políticos, especialmente os dirigentes do PT. Com as novas atribuições, deverá fazer o mesmo contra os trabalhadores, ou seja, uma perseguição política escancarada. Ainda mais em tempos de aprofundamento do golpe de Estado, em que os trabalhadores terão de se organizar e se mobilizar contra a total destruição dos direitos trabalhistas e das condições de trabalho no governo Bolsonaro.
Moro implementará uma política fascista contra os sindicatos. Nos regimes nazista alemão e fascista italiano da década de 1930, esse processo se deu com a intervenção do Estado nas organizações sindicais para anular o movimento independente dos trabalhadores e domesticá-los para que os capitalistas pudessem explorar a força de trabalho de maneira radical.
Essa é mais uma das evidências de que o governo Bolsonaro será de extrema-direita e de ataque cruel à classe operária.