Em reunião em Nova Iorque com a cúpula golpista, o Secretário de Governo Carlos Marun prometeu aos norte-americanos a venda de ações da Eletrobrás no primeiro semestre de 2019. No encontro, promovido em um luxuoso hotel por ninguém mesmo que o ex-prefeito de São Paulo João Dória (PSDB), estavam também personalidades como Marcos Arbaitman (empresário condenado por improbidade administrativa) e o juiz federal Sérgio Moro – o Mussolini de Maringá.
De modo a alinhar sua política com o núcleo duro do golpe, diversas personalidades à frente do maior ataque da história ao povo brasileiro encontraram-se nos Estados Unidos essa semana. Sem qualquer pudor, Moro chegou a posar para fotografias com João Dória.
Além de aparecer na coluna social, parte da agenda das “autoridades” nacionais era assegurar o cumprimento de seus compromissos com seus chefes estrangeiros. Depois da Petrobrás, a Eletrobrás é a empresa estatal mais visada pelo grande capital internacional que promoveu o golpe de estado no Brasil. Por isso, Marun fez questão de declarar que pretende entregar praticamente de graça a empresa responsável por 31% da energia consumida e por 47% das linhas de transmissão no país.
As mentiras usadas como pretexto não podem ser mais descaradas: segundo o golpista, a estatal teve uma queda de 96% nos lucros no primeiro trimestre de 2018 em relação ao ano anterior (um fato inédito na história), o que justificaria a venda da maior parte das ações da companhia – deixando o controle da energia elétrica nas mãos do imperialismo. Os golpistas querem vender em 2019 por R$ 12,2 bilhões uma empresa que possui R$ 171,35 bilhões em ativos. Caso isso ocorra, a missão de Marun estará cumprida, e o Brasil será expropriado de um de seus mais estratégicos patrimônios.