Depois da deposição de Dilma Rousseff através de um processo-farsa, agora é a vez da Assembleia Legislativa de Minas Gerais apresentar um pedido de impeachment contra o também petista Fernando Pimentel, governador do estado.
A Assembleia, na quinta-feira (26) recebeu um pedido de impeachment contra o governador, que, de acordo com o texto, teria cometido crime de responsabilidade durante o exercício do mandato.
Os golpistas se esconderam atrás do pedido apresentado pelo advogado Marley Marra, que afirma os repasses do Executivo ao Legislativo e Judiciário foram ilegais: “As transferências para municípios e para outros órgãos do estado são previstas na Constituição Federal e na Constituição Mineira. Verifiquei que, ao não repassar esses recursos, o governador incorreu em crime de responsabilidade, descumprindo a lei”, afirmou em entrevista ao em.com.br.
O pretexto não tem importância. Queriam derrubar o governo do PT naquele estado faz bastante tempo e não seria novidade, especialmente depois da derrubada de Dilma. Depois do impeachment da chefe do Executivo Nacional, sem provas nem crimes, está tudo liberado para a direita derrotar seus inimigos que ocupam posições eletivas.
Da mesma forma que o pedido de Dilma, o impeachment contra Pimentel deve ser analisado pelo Legislativo estadual, o que, a cada tramitação, vai causar crises na gestão do petista. É um golpe de Estado regional.
“O governador Pimentel inaugurou a era do calote em Minas”, afirmou, na mesma matéria, o deputado Gustavo Valadares, do agora honesto PSDB. O filme vai se repetir, e caso o partido e o próprio governador não organizem uma reação, Pimentel será mais uma vítima do golpe de Estado que assolou o País.