Segundo dados do Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada, a mulher trabalha mais do que o homem, quer seja em trabalhos remunerados, quer seja em trabalhos não remunerados. Dentre os trabalhos não remunerados destaca-se o trabalho doméstico, isto é, os afazeres diários da casa.
O instituto revelou que as mulheres dedicam 18 horas a mais nos trabalhos domésticos do que o homem. Em geral, o labor doméstico consiste em cuidados pessoais com familiares, tais como brincar, transportar, cozinhar, ir até o médico, entre outros.
Através da leitura dos dados estatísticos, percebemos que a mulher desenvolveria muito melhor suas aptidões físicas e mentais se houvesse um compartilhamento de suas atividades domésticas. Esse quadro poderia ser amenizado caso houvesse mais creches e escolas acessíveis às trabalhadoras; um sistema de transporte eficaz para todos; medicina familiar participativa nas comunidades, além de outras necessidades básicas que hoje estão dominadas pela burguesia, a qual almeja apenas a lucratividade.
É preciso que a classe trabalhadora unifique a luta e exija o controle no oferecimento desses serviços básico às famílias, do contrário a mulher operária sempre terá suas energias sugadas pelo trabalho não remunerado, além do remunerado. Com a instalação golpe de estado de 2016, cujo mote principal é a retirada dos direitos sociais dos trabalhadores, a situação da mulher trabalhadora tende a piorar.