Parte da campanha da direita golpista para derrubar a presidenta Dilma Rousseff consistiu em dizer que todos ps programas do Estado teriam sido criados apenas para que o PT estabelecesse um esquema gigantesco de corrupção e, portanto, mereciam ser acabados. Um deles era o incentivo à Cultura, particularmente simbolizado pela Lei Rouanet, que era acusada de ser uma lei a serviço apenas de artistas “comunistas” e ligados à esquerda.
Os defensores do fim da Lei Rouanet, no entanto, não tinham o menor interesse em combater a corrupção: esse discurso demagógico servia apenas para incentivar o “Estado mínimo”. Adeptos da mais alta repressão estatal, os “gurus” do Estado mínimo passaram a vida toda pregando que o Estado não deveria investir um único centavo em Educação, Cultura, Saúde ou qualquer outro interesse da população.
Mais uma vez, contudo, os “liberais” se contradizeram: uma editora resolveu recorrer à Lei Rouanet para publicar livros de autores liberais. O “Estado mínimo” só convém quando a burguesia quer acabar com os direitos da população…