Já está mais do que claro que as eleições deste ano são uma completa fraude, comandada pela burguesia. Esta escolhe quem participa, ou não do pleito e pode tranquilamente fraudar resultados nas urnas, como já faz com as pesquisas que analisam as intenções de votos que cada presidenciável tem, por exemplo.
A burguesia tenta, com argumentos sem sentido, provar que é impossível fraudar a criptografia de uma urna eletrônica, por exemplo. Tecnicamente já há evidencias da possibilidade de burlar esse sistema de contagem de votos. Em dezembro de 2017 houve o teste público de segurança dos equipamentos. Especialistas em informática conseguiram decifrar arquivos internos do equipamento, podendo alterar, assim, a contagem de votos. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o golpista Gilmar Mendes, afirmou, na época, que haveriam correções dessas falhas.
A verdade, porém, é que a burguesia já possui candidato para vencer a disputa presidencial deste ano: Geraldo Alckmin, do PSDB. No tempo em que governou São Paulo (entre 2001 e 2006 e 2011 a 2018), atacou diretamente a população. É uma figura totalmente impopular. Como ele, que trouxe tantas mazelas aos paulistas, seguiu vencendo a disputa pelo governo do Estado na época? Seria pela via de urnas burladas? A resposta, que parece óbvia, leva a outro questionamento: se a fraude pode acontecer nas eleições para o governo, o que impede que ocorra também na disputa presidencial?
Fato é que a burguesia, que arquitetou e consolidou o golpe que retirou a presidenta escolhida por mais de 54 milhões de brasileiros, Dilma Rousseff, vem implementando uma série de manobras para tornar o processo eleitoral ainda mais fraudulento. O problema não é apenas técnico, da forma de operação das urnas, mas também de um dos maiores absurdos dessas eleições: a perseguição política, amparada pelo monopólio da imprensa golpista, que levou a prisão de Lula, o candidato da classe trabalhadora. O maior líder de massas da América Latina não apenas seria vitorioso no pleito, caso não tivesse sido impedido pela ditadura da direita de concorrer, mas é o único candidato capaz de barrar a atuação dos golpistas.
Todas as evidências deixam claro que as eleições são, em sua totalidade, uma fraude. Nesse sentido é ingenuidade crer que as urnas são a melhor forma de barrar o curso do golpe. A única forma de derrotar verdadeiramente os golpistas é através da mobilização popular. Esta é a única forma que a classe trabalhadora possui de defender seus interesses e garantir seus direitos, que estão sendo massacrados pela direita que, ilegitimamente, tomou o poder.