Jair Bolsonaro voltou a defender a esterilização forçada de pobres, como meio de combater a miséria e a criminalidade.
Para o direitista, a solução para o problema da desigualdade no Brasil seria o efetivo extermínio da população pobre, e ele não faz nem questão de esconder isso.
O discurso é disfarçado com o rótulo de “planejamento familiar”, mas na verdade trata-se de uma política brutal contra o povo.
A mesma solução ditatorial proposta por Bolsonaro foi aplicada no Peru, entre os anos 1990 e 2000, durante o governo de Alberto Fujimori.
Nesse período, mais de 300 mil mulheres peruanas, todas de origem indígena e/ou de famílias pobres, foram sequestradas, ameaçadas e intimidadas por agentes do governo. Elas eram trancadas em “clínicas”, amarradas e tinham o procedimento de esterilização (e em alguns casos de aborto) feitos contra a sua vontade.
Que o candidato da extrema-direita esteja defendendo essa prática serve para explicar o modo de pensar de uma parte significativa da burguesia brasileira, peruana e de diversos outros países: exterminariam todos os pobres, se não precisassem deles para continuarem ricos.