Da redação – Ciro Gomes (PDT) insiste em se vender como candidato de esquerda, e, nesta segunda-feira, dia 24, em eventos ocorridos na cidade do Rio de Janeiro, ele tornou a fazer discursos contra o PT e seus candidatos, além de afirmar que a falta de autocrítica e de união da esquerda pode levar a “pior direita” a vencer as eleições deste ano, o que acabará “arrebentando” com a nação brasileira.
Embora se considere um progressista, o presidenciável acha que seus principais concorrentes, o petista Fernando Haddad (PT) e o fascista Jair Bolsonaro (PSL), estão polarizando o país, o que, a seu ver, seria ruim do ponto de vista tanto político como econômico, mas ele não diz que essas duas candidaturas estão contribuindo para acirrar a luta de classes na sociedade e este conflito, na realidade, é justamente a grande arma que pode ser utilizada pela classe trabalhadora para alcançar seus objetivos como classe social de luta contra a burguesia. As eleições não resolvem os problemas de forma definitiva e servem, geralmente, para garantir cargos a políticos carreiristas, como Ciro Gomes.
Neste contexto, é possível notar que o pedetista repete o discurso manipulador da direita e da imprensa golpista, no sentido de que o PT é uma instituição corrupta, guiada “por um micro projeto de poder”, e que apenas teria se beneficiado da onda econômica mundial, antes da crise de 2010, para se promover. Usando da mesma tática dos candidatos neoliberais, ele também defende que o PT e PSDB são partidos parecidos e que é necessário que o povo escolha “novos” rumos para o país, votando nele, obviamente.
Apesar de toda esta conversa, Ciro tem como vice a senadora Kátia Abreu, uma das maiores representantes dos grandes latifundiários e da burguesia retrógrada do país, afastando qualquer dúvida de que ele seria um progressista, como diz por aí.
E o pior, diante das críticas sobre Kátia Abreu, o abutre disse que tal escolha para completar a chapa foi “culpa do PT”. Realmente, o exato discurso da direita golpista, que persegue o PT e a esquerda de todas as formas possíveis. É o lado em que Ciro Gomes se encontra.
Gomes é apenas mais um candidato direitista, interessado em tirar votos de Haddad e dividir a esquerda, abrindo caminho para a escalada de Geraldo Alckmin (PSDB), o grande candidato da burguesia, ao segundo turno.