Após um longo processo golpista, que envolveu sua condenação na câmara dos deputados em abril, foi em 31 de agosto de 2016 que a presidenta Dilma Roussef sofreu o ataque final para a retirada, sem provas, de seu cargo, confirmado pelo Senado.
O pedido de impedimento feito pelos golpistas Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale, foi recebido pelo deputado ponta de lança do golpe, e, agora afastado, Eduardo Cunha (PMDB). Em um processo que envolveu votações sigilosas ilegais, crimes não cometidos, acordos com o judiciário, “coxinhatos” chamados por empresas e escutas ilegais, a câmara dos deputados autorizou a abertura do processo de impedimento no Senado em uma sessão que mostrou os tacanhos deputados em uma votação que ficou lembrada pelas suas frases estúpidas e apologias à torturadores.
Em 12 de maio, a presidenta é afastada por até 180 dias de seu cargo, em decisão do Senado de abertura do processo de impeachment. Assume, de forma interina, o golpista Michel Temer.
Um circo vai sendo armado, a defesa é ouvida, mas a argumentação é deixada de lado.
Em 31 de agosto, a presidenta Dilma Roussef é afastada com a acusação de crime de irresponsabilidade fiscal, as famigeradas “pedaladas fiscais”. Essas acusações, hoje, provaram-se falsas.
Por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o impedimento foi determinado pelo Senado. Uma presidenta, eleita com 54,5 milhões de votos, foi retirada do poder por meia dúzia de parlamentares, em um golpe que já mostrava fortes indícios de acontecer no Brasil anos antes.
O processo golpista foi levado a cabo em diversos países da América Central e do Sul. Honduras, Equador, Paraguai, Argentina, Peru e, de diversas maneiras, continua acontecendo em todos os países Sul-americanos.
A farsa, que permeou todo o processo de impedimento, se provando um golpe coordenado pelo imperialismo, ficou cada vez mais clara para todos os trabalhadores brasileiros.
Abaixo, trailer do documentário “O processo”, de Maria Augusta Ramos, que narra toda a farsa do processo golspita do impeachment.