Snowden diz que poderia ter tido o mesmo destino de Assange: “se eu tivesse ido para o Equador, eu estaria em Guantánamo ou morto”

Da redação – Edward Snowden, ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), foi o responsável pelo vazamento, em 2013, de milhares de documentos secretos para os jornalistas do The Guardian e do The Washington Post, o que revelou para o mundo inteiro a forma criminosa como as agências de inteligência norte-americanas estavam espionando os cidadãos de seu próprio país e também de outros países. Hoje ele está exilado na Rússia, protegido pelo governo de Vladimir Putin.

Em entrevista concedida à página Motherboard, do portal Vice, ele diz que “na comunidade da Inteligência, a Rússia era tida como um lugar assustador – é Mordor”. Snowden diz que seu primeiro plano era se exilar no Equador, mas o secretário de Estado dos EUA na época, John Kerry, cancelou seu passaporte quando ele ainda estava na Rússia. Se ele não o tivesse feito, “eu estaria em Guantánamo ou morto”, nas palavras do próprio Snowden.

Snowden denuncia, assim, a traição de Lenín Moreno, presidente atual do Equador, que, contra as aspirações do povo que o elegeu, mandou prender o seu antecessor Rafael Correa, aplicou uma política neoliberal no seu país e entregou para as garras do imperialismo o prisioneiro político Julian Assange, criador do sítio Wikileaks, que também denunciou ao longo de sua existência os crimes das agências de espionagem norte-americanas e de outros países também.

Ele poderia ter sofrido destino idêntico se fosse para o Equador, mas, pelo menos por enquanto, a Rússia é um lugar mais seguro para o dissidente norte-americano, uma vez que o governo de Vladimir Putin é estável e mantêm uma séria contradição com os interesses do imperialismo.

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