Desde o golpe de Estado de 2014, que foi diretamente coordenado pelos Estados Unidos, a Ucrânia está sob um regime político nazista. Diversas milícias neonazistas controlam o país e impõem terror ao povo, sendo que a mais famosa dessas milícias é o Batalhão de Azov.
O Batalhão Azov, que é a maior e mais importante milícia, tem como um de seus símbolos um que se assemelha ao Wolfsangel da Alemanha de Hitler. Esses neonazistas não se limitam apenas à atividade de milícias, mas, inclusive, tomaram o poder do Estado.
De um lado, o Wolfsangel (símbolo utilizado pelo Terceiro Reich), do outro, o símbolo do Batalhão de Azov.
Todo sistema de ensino ucraniano depois do golpe de Estado foi proibido de falar da Segunda Guerra Mundial. Não se pode falar da dominação nazista na Ucrânia, muito menos de seus líderes – principalmente do Steban Bandera, nazista apoiador do Terceiro Reich, que o regime político ucraniano elevou à condição de herói da pátria.
Nos testes aplicados aos estudantes do que seria o ensino fundamental no Brasil em 2020, conhecidos como testes da Avaliação Externa Independente, as palavras “nazismo” “Hitler” e “Segunda Guerra Mundial” sequer foram utilizadas. Quando se referia a guerra, o teste chamou-a de “Guerra Soviético-Alemã” – isso serve para se dar um panorama de o quão o Estado ucraniano é dominado pelos neonazistas.
Além disso, é feito um forte trabalho para tornar as crianças ucranianas nazistas desde a escola. Toda a propaganda do regime golpista com os livros didáticos é apenas uma dessas formas, no entanto, há, já desde antes do golpe, o recrutamento de crianças e adolescentes para acampamentos para que recebam treinamento militar.
Quem são as milícias nazistas que controlam a Ucrânia?
Apesar de o Batalhão de Azov ser a principal milícia, ele não é a única – longe disso, aliás. Outra milícia neonazista que tem forte atuação no país é o Pravy Sektor (Setor Direito, em tradução para a língua portuguesa). Inspirados na Organização dos Nacionalistas Ucranianos, eles assumiram o papel de guarda pretoriana do regime.
Outra organização de extrema-direita é a Svoboda – conhecida como Partido Social-Nacional da Ucrânia (“social-nacional” faz referência ao nacional-socialismo, isto é, ao nome do Partido Nazista alemão). O Svoboda, aliás, é uma organização mais antiga e é de onde surgiram o Pravy Sektor, o Servo do Povo (de Volodymyr Zelensky), o Solidariedade Europeia (do ex-presidente Petro Poroshenko), entre outras organizações.
Voltando ao Pravy Sektor, uma espécie de sucessor do Svoboda, foi ele a principal organização neonazista envolvida no Massacre à Casa dos Sindicatos de Odessa – em que as milícias atearam fogo contra manifestantes e sindicalistas, que estavam confinados dentro da Casa dos Sindicatos.
O Pravy Sektor foi criado justamente pela CIA com o objetivo de dar o golpe de Estado. O ex-chefe da SBU, Valentin Nalyvaichenko, que mantinha estreitas ligações com a CIA, foi o responsável por legalizar e organizar o Pravy Sektor.
Além disso, era ele quem pagava os combatentes – com mais de 200 dólares por dia – com dinheiro vindo dos Estados Unidos. Já o Svoboda, que também é uma milícia de extrema-direita, tem como uma de suas principais figuras Oleh Tyahnybok, que foi candidato à Presidência em 2012, sendo financiado pelo imperialismo e tendo sido derrotado.
Oleh e o Svoboda organizaram diversas manifestações violentas contra, por exemplo, a lei que tornava o russo uma das línguas oficiais de certas regiões do país. O Svoboda, aliás, têm suas origens na Segunda Guerra Mundial – o general nazista Otto von Wachter converteu uma unidade do exército ucraniano em uma divisão da Wafen SS, que é conhecida como Divisão da Galícia.
É dessa divisão que foi a mais terrível dos nazistas em território ucraniano a que remonta às ações da milícia Svoboda. Diversas homenagens foram feitas por seus líderes, como por Oleg Pankevich, à Divisão da Galícia. Por exemplo, uma cerimônia em homenagem à divisão para comemorar o aniversário de 70 anos da fundação da divisão contou com a presença de Oleg.
Outra organização nazista é o Batalhão Aidar. Tal organização inclusive foi incorporada ao Exército Ucraniano. O Aidar tem o costume de decapitar seus opositores na região do Donbass, região com forte movimento separatista e com alta porcentagem de pessoas etnicamente russas.
O Batalhão de Azov, aliás, utiliza como slogan “Ucrânia acima de todos”, baseado na frase nazistas “Deutschland über alles” ou “Alemanha acima de tudo” em tradução para o português. No Brasil, o presidente ilegítimo e fascista Jair Bolsonaro usou como lema de campanha “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos”.
Enfim, a Ucrânia após o golpe de Estado de 2014 se viu infestada de organizações declaradamente neonazistas. O uso de símbolos que remetem ao Wolfsangel e a suásticas passaram a ser comuns. O nazista Stepan Bandera é tratado como um herói nacional, e o Estado incentiva um forte ódio aos russos, de forma que as milícias que o domina frequentemente ataca os seus cidadãos de etnia russa.
E, pior: tudo isso é diretamente fruto da intervenção imperialista. Foi a OTAN que financiou esses grupos, que os deu suporte. Esses grupos neonazistas atendem aos interesses da OTAN, servem para tornar a Ucrânia uma ditadura pró-imperialista que represente uma total ameaça aos russos. Diante desse cenário, com verdadeiros nazistas controlando o Estado, ninguém minimamente de esquerda deveria prestar qualquer apoio a essas milícias que estrangulam tanto o povo russo, como inclusive o povo ucraniano.
O Batalhão de Azov, o Svoboda, o Pravy Sektor, o Batalhão Aidar e ainda outras milícias neonazistas são completamente inimigas do povo e estão sendo desmanteladas pela ação militar russa.